Advogado é condenado por falsificar documentos em nome de agentes públicos
Um advogado foi condenado na última sexta-feira (15), a 19 anos, cinco meses e 10 dias de prisão, além de multa, pelos crimes de falsidade ideológica e por falsificar documentos em nome de agentes públicos. O cumprimento da pena será, inicialmente, em regime fechado.
Os crimes ocorreram no ano de 2017, em Terra de Areia, quando o homem era estagiário da Defensoria Pública do Estado (DP-RS) e ex-estagiário do Fórum local. De acordo com a promotora de Justiça Bianca D’Alessandro Kosciuk, responsável pela denúncia e que acompanhou toda a fase processual, o primeiro crime ocorreu no mês de julho de 2017 e o último em dezembro daquele ano.
Conforme Bianca, a fase inicial da investigação foi realizada pelo promotor de Justiça Leonardo Chim Lopes, responsável, inclusive, pela instauração do procedimento de investigação criminal após denúncia feita ao MP-RS por um defensor público do Estado que atuava na Comarca de Terra de Areia. O ex-estagiário se passou por defensores públicos e por promotor de Justiça. Ele inseriu declarações falsas em documentos públicos, assinou como se fosse agentes públicos, usou documentos falsos e subtraiu processos.
“Sentença irretocável, que condena exemplarmente um advogado que cometeu diversos crimes contra a fé pública, falsificando documentos do MPRS e da Defensoria Pública e se fazendo passar por membros dessas instituições, em evidente afronta à credibilidade do sistema de Justiça”, disse a promotora Bianca D’Alessandro Kosciuk.
Um outro advogado que atuou com ele na época, em pelo menos um dos 11 fatos delituosos apontados pelo Ministério Público do RS (MP-RS), foi absolvido. Vale ressaltar que os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
