GERALSOCIAL, CULTURA e EDUCAÇÃO

As tarefas dos eleitos para a educação

É fato: a reconstrução pós enchente e os assuntos mais prementes, como o buraco da rua e a conservação da estrada, puseram no segundo plano do debate eleitoral um tema essencial ao desenvolvimento do RS: a qualidade da educação. Como presidente de um dos maiores partidos do Estado, o MDB, faço o mea culpa: falar de currículo escolar, qualificação do professor e eleição de diretor conquista pouco voto. Por isso, a maioria dos candidatos prefere centrar a bateria de comunicação no fim das filas por creches ou na reforma e construção de escolas.

Mas, a partir de janeiro, é missão dos eleitos retomar o que comprovadamente influencia nos indicadores de aprendizagem. As prefeituras têm responsabilidade exclusiva sobre a educação infantil e compartilhada no Ensino Fundamental. Na lista de prioridades, portanto, implementar uma política integral de cuidados na primeira infância, zerar as filas de vagas em creches e qualificar a oferta da educação infantil são pontos que têm o poder de iniciar a jornada de transformação na vida das crianças.

Outro ponto que consta no Marco Legal da Educação – e sobre o qual tenho total convicção – é a necessidade de acelerarmos a municipalização dos anos iniciais do ensino fundamental. No plano estadual e federal, o desafio continua sendo o de tornar a escola atrativa para os estudantes, preparando-os para o mercado de trabalho atual. Trata-se de colocar a educação a serviço do desenvolvimento, observando as diferentes vocações produtivas regionais na hora de construir os currículos.

O Marco Legal da Educação Gaúcha, aprovado em 2023 pela Assembleia Legislativa, traz tudo isso, e estabelece metas para o ensino público gaúcho nos próximos anos. Algumas dessas diretrizes já estão sendo implementadas, como a realização de curso de gestão escolar para os profissionais da educação que desejam candidatar-se a cargos de direção.

Outras deverão ganhar tração em 2025. Fato é que, passada a eleição, os olhos voltam-se para a construção do futuro. E o clichê continua mais verdadeiro do que nunca: não há desenvolvimento sem educação de qualidade.

CRÉDITO: Divulgação