Familiares de homem morto por PM fazem protesto
Familiares e amigos de Anderson Roberto Lima da Rosa foram as ruas de Tramandaí, no domingo (10), para protestarem sobre a morte do homem de 29 anos. A vítima acabou morrendo no Hospital da cidade após ter sido atingida por quatro tiros (três na perna e um no abdômen), disparados por um Policial Militar (PM). O caso ocorreu na noite do dia 02 de setembro.
Carregando cartazes e balões, os participantes saíram do bairro São Francisco II, onde morava a vítima e se dirigiram até a Praça da Tainha, no Centro da cidade, onde foi realizado um ato, onde todos pediam por “Justiça”. A família de Anderson Roberto e os advogados de defesa alegam que a vítima não teria tentado retirar a arma dos policiais, como consta na versão da Brigada Militar (BM): “Ele não reagiu, foi um despreparo para lidar com o caso, comentou a advogada Carla Spencer. Ainda segundo ela, a mãe de Anderson, Liane Andrea Rosa, teria sido atingida por um tiro de raspão, o que, conforme a advogada, não consta no Boletim de Ocorrência (BO).
O CASO
Tudo começou, quando a família da vítima, a qual sofria de esquizofrenia, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após Anderson ter sofrido um surto. Conforme a versão da BM, os policiais foram acionados pelos agentes do Samu, depois do homem iniciar uma discussão com um dos integrantes do Samu.
Conforme a BM, ao avistarem os Policiais Militares (PMs), o homem, que estava sendo atendido, juntamente com outro indivíduo, partiu para cima de um dos brigadianos, que utilizou uma arma de choque para se defender.Sem efeito, o homem tentou retirar a arma do coldre do PM, que reagiu atirando na perna do indivíduo. Mesmo assim, o homem não desistiu do ataque, entrando em confronto corporal com o policial. Durante a luta, o brigadianos efetuou outro disparo, que acabou atingindo o abdômen do agressor.
A vítima chegou a ser socorrida e levada ao Hospital de Tramandaí, mas não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo. A Polícia Civil (PC) está investigando o caso e um inquérito também foi instaurado pela BM.