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Após morte de criança em Cidreira, familiares buscam justiça

A morte do menino Anthony Chagas de Oliveira segue gerando repercussão. Após ser noticiado que a criança de dois anos de idade teria chegado morta no Posto de Saúde 24 Horas de Cidreira no final da tarde da última sexta-feira (14), familiares da vítima relataram uma outra versão dos acontecimentos.

De acordo com a Polícia Civil, Anthony teria sido levado pelo padrasto e pelo pai do padrasto já desacordado e com lesões múltiplas pelo corpo. Após tentativas frustradas de reanimação, o menino morreu no local. O velório e o sepultamento do menino ocorreram em Guaíba, na região Metropolitana de Porto Alegre, onde a família morava antes de se mudar para o Litoral Norte.

Após a morte da criança, a Brigada Militar (BM) foi acionada pela equipe médica em razão das lesões. Familiares foram intimados a depor na Delegacia de Tramandaí, que onde está sendo investigado o caso. O padrasto, o pai dele, bem como a mãe do menino já prestaram depoimento.

O pai de Anthony também foi localizado e deve ser ouvido pela Polícia. Ele busca por justiça e quer que os responsáveis sejam punidos. Ainda conforme o pai do menino, o pai do namorado da mãe da criança relatou que Anthony havia passado mal e justificava os hematomas a tombos de brincadeiras. “Ao menos um braço teria sido quebrado e diversos hematomas foram localizados, como no abdômen, pés, rosto e braços”, afirmou. Já outra parente disse que Anthony estaria em uma lancheria no Centro de Cidreira, “bem e sem machucados”, e que haveria câmeras de segurança no estabelecimento.

Um familiar próximo ao padrasto do menino, disse que Anthony teve “um mal súbito e caiu”. “O Anthony passou mal e foi atendido imediatamente após desacordar. Ele foi muito bem tratado e muito bem socorrido”, relatou. Segundo ele, o ocorrido não passa de uma fatalidade e que todos estão aguardando o laudo da Perícia. Vale destacar que, depois da morte, o corpo do menino chegou a ser encaminhado a partir do Posto Médico-Legal (PML) de Osório para Porto Alegre para ser analisado. Oficialmente, a Polícia Civil não se pronuncia a respeito do caso. O delegado Rodrigo Nunes afirma que, para não prejudicar o trabalho irá se pronunciar apenas depois do término das investigações.

PRISÃO DA MÃE E DO PADRASTO

Na manhã de terça (18), a Polícia Civil prendeu de maneira preventiva a mãe e o padrasto de Anthony. A mulher foi levada ao Presídio Estadual Feminino de Torres (PEFT), enquanto que o homem foi conduzido a Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO).

Conforme o delegado Rodrigo, as investigações preliminares dão indícios de que a morte do menino tenha sido ocasionada de maneira violenta. De acordo com ele, foram encontrados diversos hematomas na criança, além de fraturas nos dois braços e lesões em órgãos internos como no estômago, no baço e na região dos pulmões. A Polícia também informou que diversas perícias foram solicitadas ao Instituo Geral de Perícias (IGP) e só quando houverem todos os resultados, será finalizada as investigações. Enquanto isso, o casal permanecerá preso à disposição da Justiça. Vale ressaltar que não está descartada a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no crime.

Foto: Divulgação