2024 DE INVESTIMENTOS

Governo do Estado anunciou diversos investimentos que estarão sendo praticados este ano em diversas áreas. A Segurança Pública terá o chamamento de mais concursados para assumirem posições em que há carência de pessoal como a Polícia Penal, Polícia Civil e especializadas e segue o programa de aumento de efetivo da Brigada Militar. Medidas que visam conter o aumento da violência, principalmente de feminicídio e homicídios pela guerra do tráfico. Também haverão investimentos na infraestrutura de estradas, construção de pontes destruídas pelas enxurradas e a conclusão de acessos de municípios que já estão em obras e outros que terão início. Carece de investimentos a Saúde e na Educação que são cruciais para o crescimento do Estado e o bem estar da população. Há escolas que há anos estão fechadas e com grave problemas de rede elétrica e até estruturais e não são resolvidos devido a engenharia da burocracia até mesmo para realizar uma simples calçada numa escola. Já na Saúde a situação ainda é mais grave. A falta de investimentos do Estado e da União no SUS está levando hospitais a falência e o que parecia ter melhorado na pandemia, voltou a ser desanimador com o corte de recursos. Tanto é assim que hospitais de Canoas e Porto Alegre estão travando uma batalha com o Estado para aumentar recursos e principalmente que o IPE pague em dia e com valores reajustados por serviços e medicamentos.

Por sua vez, os municípios que vem tendo reduzido por um tempo os recursos do FPM estão cada dia assumindo mais o financiamento do SUS, quando a relação de custeio deveria ser tripartite. É o caso do Hospital de Osório que teve cortes de recursos por parte do Estado e também do município ao longo dos últimos 8 anos. Está sob intervenção do Estado para evitar o fechamento de alas que geram prejuízo e consequentemente a não prestação de serviços à comunidade. Esta situação se prolonga por que o Estado se nega a investir recursos maiores e os municípios não desejarem investir no serviço para atender suas comunidades. A intervenção de Osório é mais do mesmo do que foi a intervenção feita pelo município de Osório no governo anterior. A intervenção mal consegue administrar a despesa corrente e esquece o passivo existente que somente amplia o problema financeiro. Pode-se dizer que é uma bomba relógio, pois quando as interventoras deixarem o Hospital nem o patrimônio da entidade será suficiente para pagar a dívida que estas não se dispõem a resolver. Que intervenção é esta que a duras penas busca fechar as contas do mês antecipando receitas e deixa o paciente com o quadro em evolução para uma internação na UTI?

Osório, mesmo estando com o hospital da cidade e de referência na região em estado letárgico anunciou grande investimentos com recursos do Estado, do Badesul e outros e também com recursos próprios para várias obras na cidade neste ano eleitoral. Será a ciclovia, duplicação da RS 030 em um trecho das Laranjeiras, reforma do Largo dos Estudantes, reforma e construção de várias escolas, pavimentação das vias do bairro Caravágio, entre outras.

O corte dos pagamentos dos Royalties da Petrobrás afetou o orçamento do município e, mesmo assim o orçamento de Osório é um dos maiores do estado com mais de R$ 200 milhões e com uma população que até reduziu ao longo dos anos, perdendo para Capão da Canoa e Tramandaí. Estas dificuldades apontadas pela administração que em parte foram compensadas com verbas de parlamentares até mesmo permitiriam que a cidade adquirisse o Hospital de Osório por financiamento e que o Estado pagaria a parte de juros do financiamento. Se teria como financiar a compra do Hospital, por que não o fazer para investir no Hospital, pois seriam R$ 35 milhões inicialmente proposto e que certamente teria o apoio da comunidade que é quem realmente pagaria.

Em se tratando de ano eleitoral os recursos brotam para obras a serem inauguradas nas vésperas do pleito, mas certamente visando a reeleição com a promessa de mais obras e melhorias que todos aguardavam acontecer e que somente agora estão a sair do papel.

Assim o Estado investe para aumentar capital político neste pleito e talvez trazendo para si mais prefeitos alinhados com o governo e no município passa a ser a prova de fogo do crivo dos eleitores da gestão e das promessas feitas na campanha passada e que os levaram a vitória. Quem sabe possa dar certo, ou não.