EDITORIAL

Vacina sim, mas não obrigatória

O Brasil sempre teve por excelência um dos maiores programas de vacinação contra várias doenças que foram erradicadas ou que se tornaram casos raros sem riscos de surtos ou epidemia. O Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde sempre foi de confiança dos brasileiros, por que a Anvisa sempre teve toda precaução e análise antes de qualquer aprovação de medicamento antes de ser colocado nas farmácias e hospitais. Por que agora tanto se critica um órgão com a capacidade técnica que sempre lhe foi peculiar? 

A resposta talvez esteja no interesse bilionários de um governador louco e desvairado que não se importa com a população que o elegeu. Sua vontade de poder está destruindo um dos maiores estados brasileiros, centro da economia nacional por que quer ser mimado e conduzido a presidente da República. Mas pior do que isto e ver os capa-preta do STF querendo induzir o governo ao erro em algo que já se faz com naturalidade que é a vacinação nacional. Estes ministros exigiram plano de vacinação sem ao menos haver perspectiva de aquisição de uma vacina com a chancela da Anvisa. Algo que somente poderá ocorrer em março do próximo ano. 

Nunca antes no país houve tamanha interferência do Judiciário nas ações do Executivo e a legislar diante de um Congresso com mais de 600 legisladores. Estes estão ungidos pelo manto da impunidade que o próprio Congresso apodrecido ao longo de décadas aceita para não ser colocado na parede. 

O ministro Paulo Guedes recentemente em entrevista a uma revista nacional revelou o esquema montado para retirar Bolsonaro da presidência. Buscaram todas as alternativas e a mídia nacional tentando colar notícias tendenciosas para derrubar a popularidade do presidente para servir ao pretexto do impeachment que esteve agendado e com prazo de 60 dias para ocorrer a partir do mês de junho. Era para isto que serviam as várias pesquisas de popularidade do presidente e de sua reeleição. Tudo desabou e a mídia está perdida mantendo o governador Dória com seus milhões de recursos públicos mantendo a mídia a seu favor. Tanto é assim que ao assistir qualquer canal de televisão aberta todos defende a vacina chinesa que Dória tentar importar e que já trouxe insumos para a sua produção. Mesmo sem aprovação da Anvisa conseguiu que os abutres do STF aprovassem uso de vacina já aprovada em outros países sem a necessidade de chancela da Anvisa. E se a vacina causar efeitos colaterais graves a quem vamos responsabilizar? Os ministros do STF, Dória, a mídia, o laboratório chinês?

A população deve sim aguardar que a Anvisa se pronuncie sobre a vacina a ser usada na campanha de vacinação no Brasil e a partir daí o Ministério da Saúde proceder a imunização e acompanhar o comportamento nos vacinados. Deveria sim os ministros do STF serem os primeiros a serem vacinados aceitando o convite de Dória que também fez aos ex-presidentes do país. De quebra também vacinar todos os parlamentares do Congresso nacional e os governadores que o apoiam.

A vacinação é um direito e não uma obrigação, os brasileiros tem de ter o direito de escolher a vacina A ou B ou não se vacinar. O importante é que todos observem os cuidados de prevenção e buscar profilaxia com médicos que realmente já tem confirmados seus tratamentos preventivos até a realização da vacinação.

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".