EDITORIAL

TSE em campanha

A disputa eleitoral deste ano tem um forte ingrediente que jamais poderia ser imaginado em décadas de democracia no Brasil. Nesta sanha de colocar o ex-presidiário em disputa, os ministros do STF renegaram as suas afirmações ao longo dos anos. Renunciado a imparcialidade, o saber jurídico, a defesa da Constituição e o caráter. Tudo a começar pela revisão da revisão da prisão em segunda instância e por estar condenado em três assumiram de que poderia ser liberto. Para ratificar veio ainda o tal erro processual de competência onde todo o trabalho de juízes e promotores foi de instâncias inferiores e da PF e também de órgãos e governos internacionais que auxiliaram no repatriamento de valores, em prisões, na busca de rastrear os recursos roubados das estatais e da nação. A devolução de mais de R$ 6 bilhões para estes togados foi considerada uns trocados sem importância para a nação, ainda mais pra quem tem as mordomias e salários que sugam dos brasileiros. Este poder independente, mas não tanto assim, tem um chefe oculto que está a cobrar trabalho dos seus acovardados. Um destes subalternos de toga disse em determinando tempo de que o que foi amealhado dos cofres públicos poderia garantir eleições até 2030. Isto sem falar em dezenas de declarações feitas por estes sobre a roubalheira do governo petista e seus comparsas. E assim foi se construindo, ou melhor reconstruindo o líder da corrupção para virar cidadão de bem para pagar a fatura das indicações oxalá seja somente isto.

Uma vez fora da cadeia, de onde não deveria ter saído, um teatro jurídico foi sendo montado progressivamente para “ressocializar” o preso e assim tornar o que nunca foi, um cidadão de bem. Fora do xadrez o elemento pode buscar os meios e os métodos necessários para ganhar musculatura política e isto a academia de reputações do STF foi oportunizando. Faltava a cereja do bolo que era ter Barroso no TSE e deste a Alexandre de Moraes. Aliás este que amedronta aos seus pares, pois tornou-se no cão de pastoreio em meio as ovelhas velhas do STF.

O currículo de Moraes é de dar inveja e sua soberba é de arrepiar até o ditador da Coréia do Norte. A ele as ovelhas se renderam o logo passou a comandar o rebanho e sentiu-se tão a vontade que resolveu ampliar a atuação e nisto encontrou outros cães ferozes, mas que infelizmente não tinham a capa e a caneta mágica que torna o mundo em seu paraíso encantado. A Constituição passou a ser um mero livro de prateleira, pois nem na cabeceira há a necessidade, pois de tão corroído está. Aliás, deveria ser entregue a nova presidente do STF o exemplar que esta entregou ao presidente quando assumiu a presidência da República. Está fazendo falta este exemplar que pode ter sido o último exemplar daquela corte Suprema.

A assunção de Moraes ao STE o ungiu de poderes mais do que supremos e assim passou a desenhar a campanha de seu amigo e chefe que a tudo coloca como fake News, manda prender, manda calar redes sociais, manda revirar casa de empresários e principalmente daquelas pessoas que o deixam ofendido e assim dá mais um chute na Constituição para mais longe. Conta ainda com o fiscal do chefe, o senador Randolfe Rodrigues para guiar o rigor da lei e além desta para os opositores.

Por fim o que se vê é a ação do TSE considerando o brasileiro um alienado e ignorante que não teria condições de separar o certo do errado, mas ao mesmo tempo permite que seja escondido em suas proibições os fatos e notícias que marcaram época e que são resultados de filmagens, fotos e gravações reais revelando o plano nefasto de governo que se quer implementar no país. Desta forma corrobora com a campanha do elemento repaginado judicialmente para subjugar o povo a um regime que vem sacrificando nações pela América Latina.