A Polícia Civil de Tramandaí avança na investigação sobre o assassinato da proprietária do salão de beleza Maninha Espaço da Beleza, Navia Regina Christian, 45 anos, ocorrido no início da tarde dessa segunda-feira na rua João Pessoa, em Tramandaí, no Litoral Norte. Na manhã desta terça, o delegado Paulo Perez confirmou a prisão do segundo envolvido na execução da vítima.
“É um traficante que aceita contratos de homicídios. O indivíduo foi o contratado para matar a vítima, mas terceirizou. Ele tem uma deficiência física na perna porque levou um tiro de calibre 12 há alguns meses e anda com uma muleta. Ele foi no local para fazer uma espécie de campana”, explicou.
O atirador, que havia sido preso horas antes, atua para esse traficante e acabou sendo “o encarregado de executar a vítima”. As duas prisões foram efetuadas ainda na segunda-feira pela Brigada Militar em parceria com a Polícia Civil.
O delegado Paulo Peres prefere não revelar detalhes sobre a motivação e mandante do crime para não prejudicar o trabalho investigativo. “Por enquanto, sigilo”, resumiu. “Não serão divulgados detalhes da motivação do crime e quem mais pode estar envolvido na morte da mulher”, enfatizou.
Ligação com tentativa de assassinato em 2017
No entanto, o titular da DP de Tramandaí não descarta que o caso pode ter ligação com a tentativa de assassinato sofrida por Navia em outubro do ano passado, quando a vítima foi baleada no rosto em sua residência no bairro Cruzeiro do Sul. Na época, cogitou-se de que a dona do salão de beleza havia sido atacada por um assaltante que invadiu a casa.
Em relação ao primeiro preso que disparou três tiros na vítima, o delegado Paulo Perez observou que um revólver calibre 38 foi apreendido com o suspeito. Ele disse ainda que um Ford Fiesta, de cor prata, usado para levar o assassino até o salão de beleza, também foi localizado e será periciado.
O motorista do veículo, porém, não sabia que um crime seria cometido. Além da arma, munição e entorpecente foram encontrados com o indivíduo. O titular da DP de Tramandaí previu novas prisões no desenrolar das investigações.
CORREIO DO POVO