POLICIAIS

Acusado de três mortes no Litoral é condenado a 12 anos de prisão

A 1ª Vara Criminal da Comarca de Tramandaí condenou Iberê Vargas Braga, de 30 anos de idade, a 12 anos de prisão. O réu foi culpado de ter matado três pessoas e um acidente de trânsito na Ponte Giuseppe Garibaldi, em Tramandaí. O caso ocorreu no dia 17 de março de 2012 e foi julgado na última quinta-feira (26), há mais de nove anos depois.

Na ocasião, Braga dirigia uma caminhonete Chevrolet S10 quando colidiu contra um outro carro, um Ford Focus, na ponte que liga Tramandaí a Imbé. O carro onde estava acabou colidindo contra uma mureta e atingindo sete pedestres que estavam no local, incluindo Gilmar José (77) e Euclides Capellari (44), que acabaram falecendo.

O veículo acabou caindo no Rio Tramandaí. O réu conseguiu ser socorrido, mas o amigo (Edson Dullius Francisco Júnior), de 22 nos, que estava junto com ele, acabou sendo levado pela correnteza e acabou morrendo afogado.

Iberê, na época com 21 anos, teve o teste do etilômetro positivo, confirmando consumo de bebida alcoólica. O réu chegou a ser preso, mas foi solto em junho de 2012, para responder ao processo em liberdade. Após o julgamento, o homem foi condenado por dois homicídios dolosos, nos casos das mortes de Gilmar José e Euclides Capellari, que eram pai e filho, respectivamente. Braga também foi condenado por homicídio culposo (quando não há intensão de matar) no caso do óbito do amigo Edson.

O promotor de Justiça André Tarouco afirmou que está sendo avaliado uma alternativa para aumentar a pena (de 12 anos) aplicada. Já o advogado de defesa, Jader Marques, declarou a inocência do seu cliente e disse que vai recorrer da decisão. Mesmo após ser condenado, Braga vai seguir em liberdade enquanto aguarda o recurso da sentença.

Homem é morto por ex-companheira

A Polícia Civil está investigando a morte de um homem de 45 anos, que ocorreu no sábado (28), no Centro de Torres. Segundo a Brigada Militar (BM), os Policiais Militares (PMs) receberem informações de que uma mulher estaria sofrendo agressões em seu apartamento, localizado na Rua Borges de Medeiros.

Ao chegarem ao local, os PMs avistaram o homem caído com ferimento de faca na perna e a mulher, ex-companheira dele, de 44 anos, tentando reanimá-lo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas quando chegou no apartamento o homem já havia falecido.

Na Delegacia, a mulher contou aos policiais que tinha cometido o crime por legitima defesa. Conforme o depoimento, o homem teria partido para cima da ex-companheira com uma garrafa de vidro, momento o qual a mulher teria pego a faca para se defender. De acordo com a Polícia, a mulher tinha uma medida protetiva contra a vítima, desde setembro de 2020. Segundo ela, o casal ficou junto por aproximadamente três anos e estava separado atualmente.

Após ser ouvida, a mulher foi liberada. Segundo o delegado plantonista, Rodrigo Nunes, isso aconteceu devido ao fato dela se apresentar espontaneamente na delegacia, além dos primeiros indícios levarem a se tratar de um caso de legítima defesa.

Porém, Nunes ressaltou que o caso segue sendo investigado e só vai ser determinado se a mulher vai ou não ser indiciada pelo crime, quando saírem os resultados da perícia realizada no apartamento da mulher.