EDITORIAL

Planejar sempre é a solução

Todo serviço público deveria ter como regra ao iniciar uma gestão dedicar seu início ao planejamento estratégico de gestão. Durante a campanha eleitoral os candidatos tem resposta para todas as dificuldades e problemas do eleitorado, tudo da boca para fora e sem o conhecimento da realidade da população e seus problemas como de como está a funcionar a máquina pública. Cada gestão tem sua fora de conduzir seu plano de governo, que geralmente é só um plano e não um projeto consolidado e elaborado sobre uma realidade que se queira melhorar para a população.

O setor privado geralmente faz isto com base em metas de produção e de crescimento, mas o poder público deveria ter como meta melhorar a vida em comunidade de seus representados. O privado investe cada centavo do recurso destinado a obter as metas e ainda fiscaliza atentamente a aplicação buscando ainda racionalizar. Enquanto que no público a fiscalização é pífia, quando existe, e os colaboradores não se engajam no trabalho que também o beneficia indiretamente, mas visa apenas o seu interesse.

O planejar reduz em muito o desperdício de uma forma geral, além dos desvios dos recursos e possibilita buscar recursos extras para o investimento em outras esferas do poder e até no setor privado com as parcerias. Em se tratando de uma região, como o Litoral Norte, a dificuldade é conciliar interesses locais com os regionais em todas as áreas. Um exemplo clássico é o desenvolvimento de estruturas conjuntas para a exploração turística, a exemplo da região das Hortências no estado. Nosso litoral tem potencial turístico mesmo com praias que são exatamente iguais em termos de beiramar e mesmo assim esta orla é totalmente desordenada, sem infra estrutura em sua maior parte e não se integram. É o caso típico das praias de Osório como seus limítrofes Imbé e Xangrilá.

Osório que ainda se considera um polo regional poderia ter alavancado desenvolvimento da região e levado esta concepção aos demais municípios através da Amlinorte e da Ascalnorte. Ações conjuntas em que cada município buscasse recursos federais para que cada um realizasse a sua etapa de um projeto de integração regional turístico, de saúde, de educação e tantos outros que beneficiariam com o pouco de cada um a toda a população litorânea. Nosso município infelizmente, mesmo tendo somente alguns metros de praia não consegue ser a “menina dos olhos” do litoral em termos de infraestrutura a beira mar. Não há um planejamento da orla e que agora parece estar encaminhando-se para isto. Mas e a Lagoa do Marcelino? Tramandaí e Imbé tem o rio Tramandaí e a barra que exploram bem turisticamente, Torres tem a Lagoa do Violão que já é toda planejada e muito procurada pelos veranistas para caminhadas. Nossa Lagoa nem sequer tem um projeto paisagístico de toda a sua orla par que possa ser executado como projeto de governo e na de administração passageira, ou não tão passageira assim. Está nas mãos do prefeito Roger fazer algo marcante pela cidade em termos de infraestrutura e de acelerar o processo de esgotamento sanitário da cidade a fim de dar potabilidade a lagoa do Marcelino e sua recuperação.

Uma gestão empenhada em desenvolver certamente atinge seus objetivos por não só almejar isto, mas por que trabalha para isto.

Um novo exemplo e que este jornal sempre criticou e a questão do nosso Hospital que carecia de uma gestão mais profissional e administrativamente e resgatar o apoio da comunidade que sempre foi solidária apesar dos tempos poucos claros da gestão da entidade. Uma gestão clara, aberta e voltada para o crescimento de qualidade e serviços oferecidos é o que se espera e será muito em breve isto com o apoio que recebeu de diversos deputados, principalmente de Alceu Moreira e da comunidade. Tudo sendo planejado e executado pela diretoria do Hospital, mesmo a contragosto de alguns e para a felicidade de nosso povo osoriense.

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".