POLICIAL

Mulher que se passava por policial é presa por extorsão

Uma mulher de 46 anos de idade foi presa na última quinta-feira (10), em Torres. Segundo a Polícia, a mulher foi flagrada extorquindo comerciantes da cidade em nome da Polícia Civil (PC). O flagrante ocorreu quando a criminosa recebeu cerca de R$ 1,5 mil da proprietária de um restaurante localizado as margens do Rio Mampituba. O dinheiro, seria supostamente para a confecção de camisetas para os policiais atuarem no carnaval do município.

De acordo com a Polícia, a criminosa vinha se passando por policial a cerca de sete meses. Ela utilizava uma sala no interior da delegacia e participava diariamente da rotina dos policiais. A mulher, que não teve a identidade divulgada, foi presa sob a acusação de estelionato e usurpação de função pública.

Sem levantar suspeitas dos “colegas” policiais, ela atuava na DP como uma suposta presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Condim) e também se dizia diretora da Associação das Esposas Policiais Militares (Aesppom). A mulher chegou na delegacia no mês de julho do ano passado e a presença dela na DP se tornou diária, tanto é que a acusada chegava a fazer exigências como se fosse uma autoridade policial, dizendo ter influência na política e no poder judiciário.

A mulher foi levada a Delegacia de Torres para prestar depoimento e, posteriormente, conduzida ao sistema prisional. Porém, na sexta-feira (11), a Justiça concedeu a liberdade provisória para acusada, no despacha a juíza plantonista Marilde Angélica Webber Goldschmidt, destacou que a soltura ocorre pela investigada não representar risco a ordem pública. Em nota, a Polícia Civil, por meio da delegada Elisabete Scopel, se pronunciou sobre o caso:

“Na verdade, quando chegamos para realizar a Operação Verão 2021-22, encontramos uma pessoa voluntária, membro da Rede Lilás de Torres e Vice-presidente do Condim. A mesma realizando acolhimentos a mulheres vítimas de violência doméstica. Após recebimento de denúncias, imediatamente, instauramos Inquérito Policial e estamos apurando, com a intenção de concluir os trabalhos até a semana vindoura, encaminhando o feito ao Poder Judiciário e, em momento contínuo, informaremos a imprensa acerca dos resultados. Maiores informações, neste momento, não poderemos fornecer. Conto com a contribuição da imprensa e sociedade, para que consigamos concluir nossos trabalhos com tranquilidade. Estamos apurando diversas ações, entre elas, a usurpação de função. Importante salientar que quando essa pessoa se fez passar por policial, foi presa por autoridades concursadas e leais ao dever e ao cumprimento da lei. É fato de que no interior da Delegacia, essa cidadã nunca se fez passar por policial, fato este que constatamos nas oitivas até o momento”, diz a nota.