EDITORIAL

MICO DIPLOMÁTICO

A importância de um país no contexto político mundial está em sua credibilidade internacional, na sua expressão econômica e na produção de alimentos, além de fontes de energia, mas muito disto está relacionado com sua diplomacia e acordo bilaterais ou com conglomerados.

Desde os anos 70 o Brasil expandiu suas fronteiras agrícolas para o Cerrado e o Norte do país. Nesta época da “ditadura” foram criadas as empresas brasileiras de pesquisas agropecuárias e também o sistema de assistência técnica com a Embrater (mãe das Ematers). Isto fez com que a produção de grãos e sua produtividade foram ampliadas três vezes, ou seja, mais de 300 milhões de toneladas, sendo somente nos últimos anos o aumento foi de 100 milhões de toneladas. Esta revolução no agro fez o Brasil rapidamente atingir o topo da lista de países exportadores de comodities como a soja, milho, feijão e arroz. Concomitante a pecuária de corte também evoluiu e somos hoje o maior exportador de proteína animal, seja ela de bovino, aves ou suína.

Na questão energética, o Brasil é o que tem o maior potencial de energia renovável e aproveitamento natural de sua riqueza e abundância de água potável, além de possuir os dois maiores aquíferos do mundo. A construção de Itaipu Binacional nos anos do regime militar impulsionou a industrialização do país e também a eletrificação das grandes e pequenas cidades. Agora também já se destaca em mais dois setores de produção de energia renovável a ambientalmente correta com a produção de energia solar e eólica, e já desenvolve projetos para produção a partir do movimento das marés, das ondas do mar e das fortes correntes marinhas. Soma-se a isto a produção de petróleo que é autossuficiente (mas não refina seu próprio petróleo devido às refinarias serem projetadas para petróleo importado).

A expressão econômica está nas suas exportações e no potencial de área agricultável disponível, mas também pelos créditos de carbono pagos por outros países devido às grandes reservas naturais e a Amazônia. Tudo isto sendo possível através da diplomacia e da pressão da sociedade internacional com vistas a proteção do planeta. O Brasil se tornou no maior pulmão do mundo e na grande reserva de água potável que em outros continentes já é escassa.

Para infelicidade dos brasileiros o Agro e vergonhosamente atacado e taxado de fascismo pelo maior ladrão do país e sua trupe nos ministérios, viu-se e agora parece retomar o mesmo caminho de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, a Petrobras quase ir a banca rota por corrupção e desvio de recursos, além e financiar o propinoduto político que foi instituído no país. Um desastre anunciado, pois somente os míopes não enxergam o óbvio que a destruição e pilhagem do país já havia iniciado e agora retomado de foram violenta e acachapante com aquiescência da Suprema Corte.

As viagens do trôpego ocupante do cargo se intitulando convidado de grandes potências e encontros internacionais tem ganhado destaque pela pobreza e inconsequência dos discursos impensados do representante brasileiro. Viu-se isto na tenda paralela na Conferência do Meio Ambiente na China e que um avião cheio de brasileiros forma para aplaudir e gastar por conta dos brasileiros cirando a maior fakenews de que teria sido convidado. Na coroação do Rei Charles teve-se o vexame da companheira se achando uma rainha e a comunidade internacional distante do meliante. No Japão foi infeliz ao apoiar Putin e depois tentar buscar espaço na reunião do G7, onde foi um mero assistente de gastos luxuosos. Isto sem falar numa assaltante de banco ser presidente do Banco do Brics e um líder de invasão de terras e amante dos recursos públicos para invasões estar numa comitiva presidencial. Um escândalo diplomático irreparável.

Para fechar esta vergonha para o país a busca por uma moeda única na América Latina trouxe a Brasília, com honras militares e com grande ostentação, o narcotraficante e ditador Nicolás Maduro. Algo que, além de exaltar este elemento espúrio, foi tratar de investir mais recursos do BNDEs a este caloteiro de mais de R$ 12 bilhões de reais do caixa do Tesouro Nacional. Cuba não se fez presente por ter vergonha e até mesmo por que já levou sua fatia milionária dos cofres brasileiros, seja pelo Programa de Escravidão Cubana Mais Médicos ou pelos bilhões devidos na construção do Porto de Mariel.

O Brasil receber este personagem genocida e sanguinário do povo venezuelano é uma afronta aos Direitos Humanos que vergonhosamente não se pronunciou sobre o caso, assim como a nossa Suprema Corte que impávida e colossal consumidora da recurso dos impostos viu uma jornalista ser agredida pelos “seguranças” dentro do nosso território e nada fazer, apenas se preocupa com falas e com uma carteira de vacina falsificada. Mas a visita deste abominável ao menos já começa a ter efeitos. O Supremo vai reiniciar o julgamento do processo de liberação da maconha no país, certamente para que este mercado possa servir como moeda de pagamento pelo que a Venezuela deve ao Brasil. Não duvide, pois pagar mico alheio o brasileiro já vem a algum tempo e agora mais ainda.