Líder de grupo criminoso é preso em condomínio de luxo
Juliano Biron da Silva (39) é chefe de um dos maiores grupos criminosos do RS.
Os agentes de Força Tática do 2º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPAT) deflagram no final da tarde da última quinta-feira (9), em Capão da Canoa, a Operação Cavalo de Aço. Durante as ações, os Policiais Militares (PMs) cumpriram um mandado de prisão contra Juliano Biron da Silva, de 39 anos de idade, líder de um dos maiores grupos criminosos do Estado.
Segundo o comandante do 2º BPAT, o major Sérgio Augusto Rocha de Oliveira, eles receberam do setor de Inteligência do Comando-Geral da BM, em Porto Alegre, por volta do meio-dia de quinta, a informação de que o criminoso estava no Litoral. Imediatamente os PMs iniciaram as buscas, localizando o indivíduo em um condomínio de luxo da cidade, no quilômetro 35 da ERS-389 (Estrada do Mar), no bairro Morada do Sol.
Durante a ação a Polícia apreendeu um automóvel Ford Fusion blindado, juntamente com uma grande quantidade de dinheiro. O foragido, que não resistiu à prisão, foi conduzido à Delegacia de Polícia (DP) de Capão para prestar depoimento e depois foi encaminhado à Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO). Posteriormente, o preso foi levado a à Penitenciária de Alta Segurança (Pasc) de Charqueadas, na região Metropolitana, onde seguirá preso cumprindo o resto da pena.
O criminoso, que estava no regime semiaberto, utilizando tornozeleira eletrônica, passou à condição de foragido devido a um mandado de prisão por homicídio, expedido pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre. Biron foi condenado em 2020 a 20 anos e oito meses de prisão pelo assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, de 22 anos, em Canoas, na Região Metropolitana.
O jovem fotógrafo foi torturado e morto a tiros em julho de 2015, na Praia de Paquetá. Para o Ministério Público (MP), Biron cometeu o crime por ciúmes de uma jovem com quem mantinha relacionamento extraconjugal. A jovem também se relacionava com Gargioni. Além de homicídio, Biron também tem antecedentes por roubo a agência bancária na Capital, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, porte ilegal de arma e receptação de veículo roubado. Em 2017, mais de 300 policiais participaram de uma operação em nove cidades da Região Metropolitana e do Litoral Norte para atacar as finanças de Biron.
Fotos: BM