EDITORIAL

GOVERNADORES NÃO QUEREM MENOS IMPOSTOS

A população sempre achacada pelas esferas administrativas com impostos. União, Estados e Municípios sempre buscaram a via mais fácil de cobrir os descalabros da má gestão criando ou majorando alíquotas de impostos. Assim temos o mais complexo sistema de tributação sobre bens e produtos e pouco ou nada sobre a renda. Neste sentido, os bancos tem grande participação e sempre forma privilegiados com a agiotagem legal e todo um arcabouço de proteção para pouco contribuírem com impostos, mas de faturarem muito no mercado financeiro.

A roubalheira generalizada desde a União até os municípios foi e sempre será o grande problema por pagar-se muito impostos e ter pouco retorno em serviços públicos. Cada ente federativo é como uma cooperativa onde o povo é o associado e a gerência é o presidente com sua diretoria eleitos em assembleia. A grande diferença é que a cooperativa realmente trabalha em prol de seus associados e nos governos o povo é que trabalha para sustentar que trabalha por si próprio e seus apadrinhados. Algo que não é recente, mas que se fosse diferente nosso país já teria se tornado numa potência mundial, não só na produção agrícola, mas em recursos humanos, tecnologia, saúde e educação.

Um exemplo claro disto é a Prefeitura de São Paulo pagar R$ 600 mil a cantora Daniela Mércury para fazer proselitismo político ao maior ladrão do país. Imaginem o quanto o estado da Bahia deve gastar com o Carnaval e a contratação de cantores famosos e que talvez não gaste o mesmo com a saúde naquele estado. O mesmo ocorre com Pernambuco, Paraíba e vários outros estados do Nordeste. Tudo visando momentos de alegria e descontração do povo que passa o restante do ano padecendo com fome, sede e sem condições básicas de vida.

O nosso estado elevou impostos até 30% como um chamamento de capital ao povo para fazer frente ao déficit corrente que levou ao pagamento do funcionalismo parcelado e por vezes com atraso recentemente. Na mesma onda o governo Eduardo Leite esticou o prazo de impostos elevados para “ajeitar o fluxo de caixa” que na realidade conseguiu quando o governo federal irrigou os cofres com mais de 8 bilhões em recursos e atingiu mais de 40 bilhões de reais durante a pandemia. Leite juntou-se a outros governadores capitaneados por Dória para exaurir os recursos da nação e ao mesmo tempo criar a maior crise econômica e de desemprego do Brasil. Com isto temos, além de outros fatores externos a elevação de juros e de inflação como remédios amargos pelo descalabro que cometeram.

Agora que o STF determinou que estados não podem cobrar além de 17% de impostos sobre produtos básicos, onde se inclui comunicações, combustíveis e energia elétrica, buscam barrar a lei que assim determina para não haver perda de receitas. Mas nunca antes arrecadaram tanto sobre estes três produtos do que agora que já estão com cofres cheios. Querem estes governadores que o governo federal compense as perdas, mas quem compensará o povo de suas perdas pelos altos impostos? Deveriam sim estes governantes estarem debruçados sobre mesas e cálculos para reorganizarem o “fluxo de caixa” e determinarem prioridades que realmente devem receber recursos e investimentos. Ainda não entenderam estes governadores que é fim de festa, e que Bolsonaro mostrou a nação que pode fazer muito mais com muito menos, desde que se aja com honestidade e seriedade com os recursos públicos. Governadores, deverão deixar a política da campanha depois de serem eleitos, para se tornarem gestores eficientes e produtivos, como assim fazem os presidentes e diretoria das cooperativas visando o bem comum de seus cooperados. Quer os governadores queiram ou não a redução de impostos vai ocorrer, para o bem da população.