EDITORIAL

FINALMENTE A CPMI

Os eventos corridos em 8 de janeiro, quando uma orda de bandidos já instalados dentro das sedes dos três poderes, promoviam um quebra-quebra e um contingente de manifestantes incrédulos foram conduzidos para uma armadilha em que resultaram presos. As ações promovidas de repressão aos manifestantes foram desproporcionais aos fatos, onde ninguém estava armado ou portava bombas.

As determinações oriundas do STF e que foram aplicadas pelas forças policiais colocaram mais de mil pessoas numa espécie de campo de concentração, por onde passaram privações e constrangimentos que posteriormente ocasionaram mortes, enfermidades e até mesmo suicídio. Além disso, os manifestantes que estavam diante do Comando Militar do Exército há mais de 60 dias passaram a ser taxados pelos meios de comunicação como terroristas, quando os atos praticados poderiam no máximo serem considerados de vandalismo e perfeitamente controlado pelas forças de segurança se as mesmas estivessem cumprindo com seus deveres.

Terrorismo ocorreu com os manifestantes que estavam diante do Comando Geral do Exército, mas longe do que se apregoou pela mídia e por políticos e principalmente por autoridades do atual governo. O próprio STF foi condescendente com as ações praticadas pelos policiais e pelos atos por estes praticados. No entanto os verdadeiros depredadores eram escondidos no interior dos gabinetes e recebidos pelos chefes de segurança como tem se evidenciado pelas imagens amplamente divulgadas pelas redes sociais. O ministro da Justiça Flávio Dino e o chefe do GSI Gonçalves Dias promoveram, esta grande fake News e levaram o ministro Alexandre de Moraes sucumbir a esta farsa montada e que poderá ser desfeita com a determinação do ministro de quebra do sigilo das imagens.

A farsa que vem se evidenciando pelas imagens assemelham-se a um golpe praticado para o que poderia gerar a possível perda de mandato do atual ocupante da presidência.

A instalação da CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que foi aprovada deverá esclarecer ao povo brasileiro e à Justiça a verdade dos fatos que ocorreram neste dia fatídico. Um dia que será lembrado como uma grande farsa e que o Judiciário e os Direitos Humanos foram omissos em suas ações.

A liberação das imagens oficiais do interior das sedes dos poderes irão elucidar muitos casos em que os verdadeiros depredadores dos bens públicos não foram alvo das prisões e muito pelo contrário se mostraram parceiros das autoridades que deveriam tê-los expulsos do local e prendidos pelo acionamento imediato das forças de segurança e até mesmo se preparado a partir das informações que foram devidamente enviadas sobre a possibilidade de ocorrência de tamanho vandalismo.

O Congresso tem esta importante missão de esclarecer ao povo sobre a distorção dos fatos e os motivos que levaram a ocultação inicialmente das imagens dos atos praticados. A CPMI deve se pautar sobre os verdadeiros motivos da realização destes atos de vandalismo e quem os comandou, sem que este instrumento legal de apuração e investigação0 sirva de palanque político ou mesmo de atitudes circenses como vistas em trabalho anterior quando da CPI da Covid.

Está em jogo a reputação de uma nação que está a passar vergonha em ter um ex-presidiário como presidente e um ministério de condenados e de elementos com vários processos em andamento. O destino da nação pode estar em jogo e isto deve ser levado em conta pelos congressistas, pois mundialmente o atual mandatário tem dado uma péssima demonstração de como está a Democracia no país.

Deve esta CPMI apontar os culpados e exigir a punição imediata a todos os envolvidos e levar justiça aos mais de mil presos de forma injusta e imoral, ao mesmo tempo de se pensar em indenizar a estes presos políticos retirando as indenizações pagas aos guerrilheiros e comunistas que buscaram derrubar a democracia e geraram a instituição do Regime Militar para o restabelecimento da democracia e da ordem nos idos de 64.

O povo aguarda com ansiedade o início dos trabalhos da CPMI e que esta seja justa, esclarecedora a punitiva para quem orquestrou tamanha desordem junto às sedes do três poderes.