Falências, desemprego e aperto nas empresas
O número de falências e fechamento de empresas este ano está para ser um recorde superando meio milhão de estabelecimentos do porte pequeno, médio e grande, sem contar nas microempresas. Esta situação faz com que o desemprego siga em alta e até faça desacreditar dos dados apresentados onde a taxa de desemprego diminuiu. São dados do CAGED que demonstram o número de contratações com carteira assinada e de demissões, mas estes não contam com a informalidade e de prestadores de serviços como motoboy e motorista de aplicativo que segue crescendo desde a pandemia.
O Governo Federal por sua vez nada tem feito para que aumente a geração de novas vagas de trabalho formal, mas segue com a mesma voracidade na cobrança dos impostos, altas multas e juros e dependendo do caso adicionando ainda um quinhão aos procuradores como incentivo e produtividade. Aumentar impostos por si só já é ruim, ficar devendo estes é pior ainda e certamente pode levar a falência ou à recuperação judicial.
Os efeitos danosos da pandemia estão cada vez mais fortes na economia e a inadimplência com impostos e fornecedores está aumentando, pois, muitas empresas ainda não conseguiram reverter as vendas e negócios como outrora. As tentativas de Refis por parte do governo não afastam o alto valor das multas e correção e os prazos são reduzidos e ainda incidem correção e juros sobre as parcelas com base na taxa SELIC. Isto faz que a despesa diminua num primeiro momento, mas evoluem a cada mês inviabilizando a amortização do débito. Com isto empresas estão altamente deficitárias, com crédito limitado e com juros altos, mesmo obtendo empréstimos do Pronampe que são reduzidos.
Este aperto fiscal num momento delicado do empresariado que está buscando a sobrevivência do seu negócio deveria ser arrefecido, mas em contrapartida o governo quer e só pensa em gastar mais do que arrecada, quando deveria estar controlando gastos para reduzir o risco de inflação e fazer sucumbir a economia.
A Reforma Tributária deveria ter sido elaborada num momento em que a economia estivesse mais estável, com juros menores e portando com menores reflexos e incertezas. Pela proposta que está sendo aprovada pequenos negócios e serviços poderão ter aumento de até 1500%. Impostos que eram de 6% podem chegar ao patamar de 27,5% o que inviabilizaria qualquer iniciativa empreendedora. Outros que não pagariam imposto também poderão chegar a este patamar que seria a alíquota geral. Há o erro de se pensar que aumentar impostos aumenta a arrecadação, o que ocorre num primeiro momento, mas logo cede para a inadimplência a e queda de arrecadação. Com impostos menos todos pagam, facilitam a vida dos empresários e empreendedores e aumenta a base de arrecadação e a própria arrecadação.
O povo está muito endividado, tano é assim que muitos estão buscando o programa de renegociar suas dívidas para voltarem ao mercado consumidor, mas na realidade estão transferindo a dívida inadimplida com algumas empresas para o banco e que é garantido com os recursos do tesouro que é de todos os brasileiros.
A queda da SELIC nada mais é do que o reflexo do arrefecimento da pressão inflacionária, que corrói o salário do trabalhador e somente alimenta o sistema financeiro.
Infelizmente a economia do país está combalida pelas ações do Ministério da Economia que aposta na aprovação da Reforma Tributária, mas abre a porta para que o governo arrecade mais e com maior “mordida” no bolso do contribuinte. Taxar os ricos e grandes fortunas pode parecer uma Justiça financeira, quando na realidade será o de aumentar a inflação, pois isto será repassado aos preços e serviços e também desestimulará o crescimento de grandes empresas, pois carregar o fardo pesado do governo gastador é algo pesado demais.
O recente caso das demissões na GM em São Paulo, demonstram que estas rapidamente se ajustam reduzindo justamente onde está a fonte da economia circulante, pois sem emprego muitos não terão a chance de consumir e se assim fizer será pelo mínimo, para não cair no superendividamento. Já as empresas menores a tendência é fecharem antes que nem mesmo seus proprietários tenham para sua subsistência.
Nossa economia precisa de uma guina para avançar e promover o pleno emprego. Com impostos maior, mas o estado intervêm na economia e gerando incertezas maiores a quem investe e que está a gerar postos de trabalho.