EMPRESÁRIO PEDÓFILO
Polícia cumpre mandados de busca e apreensão em nova ação realizada no Litoral Norte
A Polícia Civil (PC), por meio do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis (DPGV) da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) de Porto Alegre, deflagrou na manhã de terça-feira (4), a quarta fase da Operação La Lumière. A ação visa combater crimes de exploração sexual infanto-juvenil.
O empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, foi preso no final de abril, em Imbé, acusado de ter estuprado diversas crianças e adolescentes. Segundo a Polícia, ele oferecia dinheiro às mães ou responsáveis pelas menores em troca dos abusos. De lá para cá, quatro mulheres suspeitas de prostituírem seus filhos também foram presas.
A nova fase de Operação focou na busca por mais elementos para as investigações. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços de supostas facilitadoras dos crimes cometidos pelo empresário. As ações foram realizadas em Imbé e contaram com a participação de nove policiais e seis agentes do Instituto Geral de Perícias (IGP). Durante as buscas, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, telefones celulares, notebooks e documentos que apontam para participação de outras pessoas envolvidas nos crimes investigados. Vale ressaltar que não houve nenhuma prisão.
INVESTIGAÇÃO
Tudo começou após uma denúncia anônima, sobre três crianças, com 8, 10 e 12 anos, todas irmãs, que eram submetidas aos crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e derivados do crime de pornografia infantil pelo investigado. Conforme as apurações, o suspeito agia com consentimento da mãe das menores, com quem acertava valores em dinheiro para cometer os abusos.
1ª FASE – Após investigações, a Polícia deflagrou a primeira fase da Operação, no final de abril, quando foram realizadas buscas nas residências do investigado, tanto em sua residência principal como também em seu apartamento à beira-mar, na cidade de Imbé. No local, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais, medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes, além de outros acessórios já denotando sua preferência sexual por crianças.
Na ocasião, foram localizados aparelhos celulares e notebooks com o histórico de conversas com a acusada, mãe das menores. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência da genitora das meninas, como no local de trabalho da investigada, onde foram apreendidos eletrônicos, celulares e computadores que detinham conversas dos alvos negociando encontros, combinando valores e com os comprovantes de PIX pelos pagamentos dos encontros. O empresário e a mãe das menores foram presos e as vítimas encaminhadas ao cuidado do Conselho Tutelar.
2ª FASE – Foi realizada no dia 17 de maio em locais de cumprimento das prisões preventivas e dos mandados de busca e apreensão, em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha. Os policiais realizaram buscas nas residências de duas genitoras. Uma delas, de 26 anos, residente em Cachoeirinha, é estudante da faculdade de Medicina Veterinária, além de digital influencer, e tem uma filha de seis anos de idade. Já a segunda, de 23 anos, residente de Alvorada, é aluna do curso Técnico de Enfermagem, e mãe de duas meninas, de um e três anos e meio. Ambas foram presas preventivamente. Já as crianças foram abrigadas inicialmente e hoje estão no cuidado de familiares.
3ª FASE – Foi realizada no final do mês de maio, em locais de cumprimento da prisão preventiva e mandado de busca e apreensão, em Porto Alegre, no bairro Santana. Os policiais realizaram buscas nas residências de uma mulher de 25 anos. De acordo com a Polícia, foi verificado que a acusada, que se encontra presa atualmente, contava com apoio e suporte de sua mãe para o cometimento dos crimes. A filha da mulher, de três anos de idade, que também sofria os abusos, foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual e depois conduzida Conselho Tutelar.