EM NOME DA CIÊNCIA
Durante a pandemia o que mais se ouviu de governadores que se contraporam ao Governo Federal é que a autorização estapafúrdia recebida pelo STF para “salvar vidas” autorizava o fechamento do comércio e o confinamento da população em casa. Medida esta que somente gerou mais mortes e uma contaminação mais rápida em núcleos familiares, somados é claro ao carnaval paulista e carioca mesmo diante de um decreto presidencial de emergência sanitária.
Restou ao Governo Federal repassar bilhões aos estados e municípios para equipar hospitais, compra de equipamentos e UTIs para enfrentamento da “onda” de contaminação, conforme os “especialistas” televisivos apregoavam. No caso o Rio Grande do Sul nosso governador conseguiu regular o fluxo de caixa e até fazer o milagre de pagamento de salários do funcionalismo em dia e mantê-los em casa no “home office”.
Em nome da ciência a máquina estatal parou de trabalhar sem qualquer redução salarial, pois havia as empresas fechadas que seguiriam pagando impostos, não importando que milhares fossem desempregados. Tudo por que isto seria culpa do Governo Federal. A saúde e a segurança seguiram atendendo a população em esforço redobrado, e isto veio a mostrar o quanto a saúde estava deficitária, com hospitais a beira da falência e cancelamento de tratamento oncológicos e de cirurgias. O pavor estampado nos meios de comunicação televisiva se encarregara de atemorizar a população e a deixar os mimizentos na zona de conforto, sem trabalhar e a ganhar seus salários. A educação neste período economizou recursos de merenda, de energia, elétrica, de material de consumo e nada disso foi aplicado na melhoria dos prédios escolares, na implantação de sistemas de aulas remotas a partir das escolas tendo estas, conexão com a internet. E assim teremos uma geração de analfabetos funcionais com a ideologia de Paulo Freire ensinando nada para o nada.
Os recursos que deixaram de ser pagos ao governo federal da dívida estadual também serviram para engordar o caixa estadual que agora deveria estar sendo aplicado em mutirão de cirurgias eletivas e no alto número de pessoas carecendo de consultas e exames médicos. Mas isto não traz lucro para o governo estadual, mas casos de Covid sim. Tudo isto contribui para que o governador possa sair a fazer campanha eleitoral para ser o possível candidato a presidente e o estado e seu povo que se vire para pagar o alto imposto pelos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Aliás, são 30%, basta o consumidor ler em sua conta os impostos cobrados e saberá o quanto contribui para que tenha a os serviços de saúde, educação e segurança que estão a receber.
Neste período de pandemia, nada se viu por parte do governo do estado para a geração de empregos, de atendimento à população com redução de impostos neste momento em que o mundo passa por uma crise pela mesma atitude de fechar tudo e que mesmo assim não evitou os milhares de óbitos.
Foram privatizadas estatais e em breve estará na berlinda a Corsan e oxalá não esteja o Banrisul ou parte deste e mesmo assim a dívida estadual segue crescente apesar da suspensão temporária da cobrança por parte do Governo Federal. Enquanto isto, funcionários do Detran e professores buscam aumentos salariais para repor perdas, mas não estão a se importar com quem os sustenta com impostos.
Leite poderia ter reduzido o ICMS dos combustíveis (principalmente do gás de cozinha) e da energia elétrica de modo a mostrar ao povo sensibilidade que não possui, nem mesmo com aqueles que acreditaram que realmente iria “tirar a bunda da cadeira”.