COM A CARA LIMPA

Mais de 60% dos municípios brasileiros já abandonaram a obrigatoriedade do uso das máscaras tanto em locais abertos como em recintos fechados. Muitos ainda com ressalvas para alguns ambientes, principalmente hospitalares, postos de saúde e consultórios médicos. No caso de Osório também estendido às farmácias. Esta flexibilidade chega a bom termo já que a proteção pouco ou nada auxilia se os cidadãos não adotarem o mínimo de regras de higienização. Aliás, se houvesse tal comportamento a pandemia não teria atingido tamanho volume de pessoas e vitimado milhares destas.

Deveriam as pessoas pensarem que num buffet o uso de máscara seria importante por questão de higiene, pois nem todos tem a educação de al espirrar realizar a devida proteção dos demais que estão a sua volta e ao próprio buffet. Lavar as mãos era ensinado às crianças em casa e nas escolas antes de realizar qualquer refeição ou até mesmo depois de realizar alguma tarefa. Mas nem sempre é o que vemos e percebemos a nossa volta. Talvez a pandemia tenha ao menos demonstrado a importância da higienização das mãos e alguns hábitos pouco salutares em ambientes compartilhados. Cada pessoa deveria cuidar de si e ao mesmo tempo estaria protegendo aos demais no ambiente. Estar com gripe ou alguma doença respiratória seria importante o uso do artefato de modo a impedir que expelisse a contaminação às demais.

O fim da obrigatoriedade das máscaras não quer dizer o fim das doenças infectocontagiosas e que devermos nos descuidar destas. Devemos sim ter como regra a higienização das mãos seja com álcool gel 79% ou simplesmente lavar com água e sabão.

Mesmo com a liberação do uso muitas pessoas ainda mantém o hábito e isto passa a ser um cuidado com a saúde, como outros tantos que devemos ter. Outros vírus irão surgir, mas certamente a dura lição destes dois anos vividos farão com que as pessoas atentem para a necessidade de cuidados  e assim evitar perdas em seus lares.

A humanidade ainda está por conhecer a realidade escondida por trás de toda esta pandemia e, principalmente dos interesses econômicos de determinados grupos em obterem lucros fantásticos com a venda de medicamentos sejam estes experimentais ou não. Em muitos casos a solidariedade foi abandonada pela ganância e também pelo apego ao poder como ficou tão bem evidenciado no Brasil onde STF, governadores se prefeitos impuseram leis desrespeitando os direitos individuais e, pior ainda cerceando a liberdade em um país que se diz democrático. Vimos uma esquerda nefasta e políticos aproveitadores que usaram as mortes como poder de campanha e barganha para recursos federais, mas deixando a população desassistida como há muito vem fazendo com a saúde pública.

A cada dia vemos descalabros de desvios de recursos, malas de dinheiro viajando ou em porta-malas sem origem, mas que certamente foram de propinas e corrupção de tantos recursos levados a todas as unidades da federação e mesmo assim tivemos o colapso de Manaus. Capital esta que revelou na CPI da Covid a família que tanto desviou recursos da saúde daquele estado. Até mesmo aqui me nossa pequena Osório tivemos o escândalo de superfaturamento e de “dispensa de orçamento” para compra de medicamentos e equipamentos para a Secretaria da Saúde. Mas agora que a pandemia parece estar chegando a razoabilidade e ser mais uma entre tantas enfermidades começa a descortinar todo esquema de corrupção diante da desgraça do povo brasileiro.

Pode ser que agora de cara limpa os órgãos de fiscalização e de segurança possam identificar onde foram parar tantos bilhões de reais durante a pandemia e quem sabe prender os caras sujas que sempre mantém as mãos sujas com o dinheiro da corrupção.