Cidades do Litoral Norte sofrem com falta de água

Com a chegada do Verão e a vinda de mais pessoas para a região, a população do Litoral Norte gaúcho voltou a sofrer com um problema frequente: a falta de pressão e até mesmo a falta de água em determinados momentos. Um exemplo, é Imbé, que desde a última quinta-feira (30/12), vem sofrendo com a falta de água.
Segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a estiagem e os baixos níveis dos mananciais de captação são os principais problemas para que haja a falta de água nas casas. A severa estiagem que atinge várias regiões do RS afeta também o Litoral gaúcho. A Corsan vem trabalhando 24 horas por dia e tomando todas as ações necessárias para garantir o abastecimento durante o veraneio. A Companhia pede compreensão e auxilio da população para evitar o desperdício.
Nesse contexto crítico, é vital a cooperação de toda a população, praticando o uso responsável da água e evitando desperdícios. Com esse propósito, está circulando uma campanha de conscientização da Corsan, intitulada Verão 360°. A campanha se alinha ao movimento Água 360° e sugere cuidados com a água e o meio ambiente, tais como: não lavar o carro nem a calçada; não tomar banhos demorados; e não deixar a torneira aberta se não estiver usando.
Em Tramandaí, o manancial de captação de água está com nível muito baixo e acabou influenciando em alterações nas características da água. Essa questão interfere diretamente no tratamento da água captada pela Corsan, visto que já estão sendo necessários incrementos na aplicação de produtos químicos, um maior tempo no tratamento e redução da capacidade de produção, resultando no desabastecimento em determinados pontos da cidade e diminuindo a pressão da água disponibilizada.
A equipe técnica da Companhia está monitorando essa variação do manancial e, a partir disso, realiza todos os ajustes necessários. Também está sendo acionado o serviço de caminhão-pipa para situações emergenciais. Como medida de contingência, está sendo montada uma captação em balsa com auxílio de equipes de mergulhadores, visto que a balsa permite instalar bombas mais para dentro da lagoa e com isso captar água numa maior profundidade.
Além disso, a Corsan realiza ajustes nos tipos e quantidades de produtos químicos, a partir de cada local, para conter as alterações da qualidade do manancial. A ação está acontecendo em todas as Estações de Tratamento de Água (ETAs) da região litorânea, pois todas tiveram mudanças nas condições da água recebida.
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