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CASO ANTHONY: Padrasto e mãe de menino levado morto a Posto de Saúde em Cidreira são indiciados

A Polícia Civil concluiu na sexta-feira (25), o inquérito sobre a morte do menino Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos, levado desmaiado para um Posto de Saúde em Cidreira. O caso ocorreu no último dia 14 de outubro. O padrasto, de 21 anos, foi indiciado por homicídio qualificado e tortura. Já a mãe da criança, de 26 anos, foi indicada por tortura por omissão. Ambos haviam sido presos temporariamente no dia 18/10. Segundo o delegado Rodrigo Nunes, com a decisão, a prisão foi convertida para preventiva.

Conforme o delegado, o indiciamento do padrasto se dá por motivo fútil, meio cruel, pela impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido praticado contra menor de idade. Além disso, a polícia considerou a circunstância do crime ter sido praticado por uma pessoa sob quem a criança estava sob autoridade e guarda. No caso da mãe, que não estava presente no momento do crime, a polícia considerou que ela tinha conhecimento da violência de longa data sofrida pelo filho e que nada fez para impedir as agressões.

INVESTIGAÇÃO

Segundo o inquérito, o padrasto foi responsável por espancar a criança. “A perícia confirmou a causa da morte como politraumatismos contusos, sendo identificadas na vítima, diversas lesões nos órgãos internos, escoriações e hematomas por todo o corpo, além de fraturas em ambos os braços”, disse o delegado. Anthony apresentava fraturas nos braços e lesões na região interna do corpo quando foi atendido na unidade de saúde. A equipe que prestou o atendimento no local chamou a Brigada Militar (BM) após perceber que o corpo apresentava sinais de violência. Conforme o boletim policial registrado na delegacia de Cidreira, houve tentativa de reanimação do menino, mas ele não reagiu e foi confirmada a morte. Vale destacar que, dois meses antes do crime, o pai e a mãe do menino chegaram a um acordo extra-judicial, e o filho foi morar com a mãe e o padrasto.

Foto: Divulgação