EDITORIAL

CARRETA SEGUE E AS ABÓBORAS SE ACOMODAM

A corrida presidencial e em muitos estados também para govenador promete ainda lances que somente na política brasileira se pode ver. Neste momento em que as candidaturas começam a sumir por não pontuarem nas “pesquisas” se acomodam em forma de apoio a outras. Neste sentido o destaque se dá pela desistência de Luciano Bivar, presidente da União Brasil (partido com a maior cota parte do Fundo Eleitoral) no último domingo formalizou apoio ao PT e lançou-se candidato a deputado federal. Neste partido está Sérgio Moro que por certo terá de dividir palanque com Lula. Poderia ter sido indicado para presidente em substituição a Bivar. Tal situação não aconteceria por que o candidato a presidente tem uma cota muito maior do fundo destinado pelo partido para campanha.

Esta decisão de Bivar vai impactar no partido e praticamente não vai influenciar na votação do descondenado. O que ficou nas entrelinhas da negociação certamente tem muito mais em conta os recursos de campanha do que propriamente de empenho e desempenho eleitoral.

A esquerda busca reunir-se diante do fracasso que tem sido a “terceira via”, pois Simone Tebet (MDB) e que terá como vice uma senadora do PSDB, mas grande parcela do MDB nacional quer acabar com a candidatura dela e apoiar o criador do mensalão, petrolão e figura principal do Power Point dos procuradores da extinta Lava Jato. Os partidos disfarçam candidaturas para que façam jus às verbas do Fundo Bilionário Eleitoral. O que se percebe é que a tentativa é somente tirar votos de Bolsonaro e mostrar cacife a Lula a quem apoiam e assim numa provável eleição lhes garanta fatias maiores das que tiveram dentro da Petrobras.

A união de MDB e PSDB foi um arranjo para mascarar o apoio a Lula, mas deixam demonstrar a força eleitoral de Bolsonaro que poderá levar no primeiro turno a eleição presidencial.

A candidatura de Bolsonaro representa um contra todos da esquerda (disfarçada ou não), é a possibilidade do povo rechaçar o comunismo que já toma conta de praticamente toda a América Latina. Como diriam, o Brasil é o último baluarte da democracia contra a NOM (Nova Ordem Mundial).

No Estado Gabriel Souza acatou a decisão do partido a nível nacional de apoio ao PSDB que negociou isto com o MDB Nacional para apoiar seus candidatos em três estados. RS, MS e SP. Três estados importantes em termos eleitorais e de força política. Assim a promessa e a palavra de Eduardo Leite de não concorrer a reeleição passa a ser sua grande mentira e certamente será lembrada pelos demais candidatos que segundo indicam a disputa será entre Onix Lorenzone e Luiz Carlos Heinze, ambos como o apoio de Bolsonaro. O PT por sua vez lançou Edegar Pretto que teve uma excelente atuação na Assembleia como deputado e sem ser figurinha carimbada do partido. Para ele o vice ficou definido como sendo Pedro Ruas, vereador de Porto Alegre e muito amigo da psolista Maria do Rosário, o que dispensa comentários pela sua popularidade e ridicularidade.

Até o dia 5 de agosto a carreta das candidaturas segue e neste andar turbulento as abóboras vão se acomodando e garantindo o quinhão farto do Fundo Eleitoral. Qualquer afirmação que se faça pode ser logo desmentida como uma nova sacudida, caindo algumas abóboras no caminho, sejam por estarem mal colocadas ou terem apodrecido antes da chegada a corrida eleitoral.