EDITORIAL

Carnaval da pandemia

O carnaval de 2020 foi o precursor da disseminação do contágio pelo coronavírus. Embalado pelos governadores Dória e Witzel a festa cogitou ser suspensa, mas estes dois elementos persistiram com a realização para capitalizar prestígio e arrecadação em seus estados. Pelos dados de hoje São Paulo é o estado com maior número de casos e também de mortes, seguido pelo Rio de Janeiro. Então como não dizer que o começo da pandemia no país começou pelo descaso destes dois governadores.

A contaminação do povo brasileiro era inevitável, mas se as determinações da OMS fossem seguidas este evento não teria ocorrido e, portanto, os números relacionados a óbitos poderiam ser outros. Mesmo diante desta evidência, o governador paulistano massacra a população do seu estado comas medidas que agora diz ser “em nome da ciência”. Pior ainda é o fato inexplicável de exercer tamanha campanha midiática e política sobre a vacina produzida na China, mesmo diante de tantas outras que surgiram e com melhor eficácia.

Os problemas gerados a partir do Carnaval do ano passado ainda não foram de todo mensurados, mas sabe-se o quanto afetou a economia, as famílias, empresas e mudanças nos serviços prestados à população. A politização da pandemia foi o mal maior, pois evitou-se que fosse testado um tratamento profilático, a exemplo do realizado quando das doenças novas surgidas pela transmissão do mosquito Aedes egypti sendo administrado até mesmo em mulheres grávidas e puérperas sem contraindicações. Apenas para esta pandemia é que se levantou efeitos adversos e foi combatida sem que pesquisas fossem levadas a termo. Mesmo com depoimentos médicos, tal indicação foi rechaçada por não ter “eficácia comprovada” abrindo-se mão do que poderia ser menos oneroso e pernicioso à população para a espera de algo fabricado por quem escondeu a existência do patógeno da população mundial. Até se descortinar o que se escondeu e se esconde sobre esta pandemia milhares de pessoas já pagaram com suas vidas e nações se endividam na busca por salvar seu povo.

No Brasil a situação é mais complicada, pois a politização passou por uma tentativa de impeachment, por roubos escandalosos de recursos para a saúde para atender à população e ainda ter os poderes da república se degladiando pelo poder. Vimos o Judiciário no que seria sua mais alta corte mostrar a lama em que emergem, o legislativo comandado por filhos de raposa cheios de vaidades, mas desprovidos de qualquer sensibilidade para com o povo ao qual representam. Tudo por que ainda não compreenderam que o povo não quer mais a corja nefasta que extorque os cofres públicos, que deixa a população sem investimentos em saúde, segurança e um sistema de educação corrompido por professores de ideais socialistas.

Fecha-se praticamente um ano do momento em que eclodiu a pandemia no país, onde o povo estava sendo vedado para não enxergar o que estaria por vir e assim festejar o carnaval, momento em que o brasileiro esquece de tudo confirmando ser o país do futebol e do Carnaval. O futebol trouxe uma Copa do Mundo que usou bilhões de reais e não deixou legado algum ao povo brasileiro com suas obras inacabadas ou jamais terminadas. Assim se tirou bilhões que poderiam construir excelentes hospitais pelo Brasil afora, garantindo a todos um sistema público de excelência, mas infelizmente homens tipo Dória mostram a escória a que o povo está submetido.

Que neste carnaval haja a consciência da população para os perigos de uma nova contaminação da população, como ocorreu no período eleitoral, mas só nos resta aguardar que a responsabilidade está em cada um dos cidadãos.

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".