CADA UM NO SEU QUADRADO
Os acontecimentos desde o início da pandemia, no Brasil, geraram uma confusão nos poderes da República. Mesmo havendo uma Constituição, tudo parece que o efeito psicológico advindo da situação pandêmica aguçou a bestialidade, a prepotência e o apego ao dinheiro público. O STF assumiu a direção do país como se fosse o suprassumo da ciência, mas que na realidade estavam no grupinho do governador paulista que buscava faturar alto com o desastre sanitário. O Executivo, excluído das decisões foi relegado a repassador de recursos. O Legislativo partiu para a disputa de beleza onde os ladrões da nação encontraram terreno fértil para se manterem no ápice da mídia, com a aquiescência do mau cheiroso STF.
O STF interviu tanto no Legislativo (coação e perseguição) como no Executivo incluindo intromissão na nomeação de pessoas em cargos de atribuição exclusiva do presidente. Não obstante, o STF foi se organizando tal como uma Orcrim e tendo a PF como seus cães amestrados e a PGR como filho bastardo.
Com o tempo o STF demonstrou ser o novo partido político diante da desorganização e o desmonte dos partidos de esquerda. Aliás estes partidos (ou organizações) levavam aos seus companheiros o alimento para suas maldades na busca de desestrutura a democracia e reaver o poder para o ditatorialismo a que passou a vigir.
O STF foi protagonizando ações e decisões alimentadas pelas orcrins políticas e criminosas que formaram o mecanismo de corrupção, tráfico e de desrespeito à Constituição. Tanto é assim que um ministro proibiu a polícia de realizar operações nos morros cariocas onde se sabe estão se formando exércitos armados com o poder do tráfico e das milícias. Outro libera o André do Rap, grande cidadão que tinha somente como defeito comandar o tráfico de drogas em São Paulo e Rio de Janeiro, algo que deixou certamente o maior traficante deste país, o Marcola desprestigiado e por enquanto ainda preso. Um outro resolve incorporar Nero, o imperador. Passou a mandar prender, cercear, julgar, condenar e ainda apoiado pelos seus comparsas, “em nome” da soberania do STF. Ministras passaram a exigir esclarecimentos de obviedades em questão de horas pelas autoridades que estavam preocupadas com o efeito danoso da pandemia. Esta turba em sua redoma desconhecia que morriam centenas de pessoas diariamente por falta de atendimento médico, de respiradores, de medicação e até mesmo de hospitais, enquanto governadores surrupiavam as verbas bilionárias recebidas para equipar e adequar a rede de saúde.
O Legislativo mostrou-se omisso em suas atribuições, demonstrando que “rabo preso” não pode se rebelar e agir com lisura as suas atribuições. Depois dos fiascos de David Alcolumbre e Sérgio Maia o mínimo que se podia esperar é que o Congresso se tornasse propositivo e exercesse o poder concedido pelo povo e para o povo. Como disse o maior ladrão do mundo, um “bando de acovardados”.
Fora de seus quadrados, o STF força uma ruptura institucional, tentando mostrar ao ladrão-mor e bêbado que não são acovardados, e que agora querem mostrar a gratidão pelas suas indicações ao cargo. Quem não recorda quando o ladrão-mor e boneco ventríloquo de Zé Dirceu que cobrava do PGR o favor da indicação para o cargo livrando-o de acusações que o traíra do juiz Sérgio Moro estava a apurar.
O dia 7 de setembro será o dia para que os poderes se limitem aos seus quadrados ou o povo vai tratar de buscar a solução para quem os possa colocar de volta em suas casinhas.