EDITORIAL

Ajustando as pesquisas

Período eleitoral sempre é marcado pela profusão de pesquisas com o intuito de dar aos candidatos e eleitores uma ideia de como está a popularidade dos concorrentes. Existem mais de duas centenas de institutos de pesquisas, mas sempre há os mais estruturados e com maior credibilidade junto ao público alvo.

Os institutos de pesquisa sofrem muitas críticas por que estes vendem pesquisas para atender o cliente que a contrata. Somente uma pesquisa paga e de patrocinador sem interesse em promover determinado candidato é que se pode confiar integralmente. Tudo vai depender também de como os pesquisadores realizam o levantamento dos dados junto aos entrevistados, bem como os entrevistados corresponderem dizendo o que realmente desejam.
Com a realização de várias pesquisas eleitorais neste ano, o que chama a atenção dos eleitores é a disparidade dos dois candidatos que aparecem a frente para Presidente da República. Enquanto um candidato reúne milhares de admiradores o outro é que tem apresentando os maiores índices de aprovação. Um contrassenso que não consegue se explicar ao eleitorado suscitando dúvidas da veracidade do levantamento, mesmo estando este registrado no Cartório Eleitoral. Para a população o que conta são as demonstrações efetivas de apoio vistas em comí- cios e agora nas redes sociais.

Os erros gritantes da eleição de 2018 fizeram os institutos de pesquisas tomarem maiores cuidados na coleta dos dados e buscar assim ganhar credibilidade, algo que não tem sido visto pela população. Também as guerras de narrativas e o ativismo político exercido pelos partidos de esquerda, o STF e TSE com o apoio de grupos de mídia denotam um certo desespero com os resultados que as pesquisas podem ter ocultado. Alguns insistem em pontuações que são visivelmente falaciosas havendo uma grande discrepância entre o que a pesquisa informa e o que se constata como tem se dito no “datapovo”. O maior exemplo disto está nas manifestações de apoio do candidato a reeleição que lotaram as ruas de todas as capitais e que foram escondidas por boa parte da mídia e que dão maior importância às pesquisas que apontam ao contrário.

Os institutos tentam explicar os resultados das atuais pesquisas, mas a medida que se aproxima do pleito já se percebe uma tendência de mudança nos índices. Geralmente caem o número de indecisos e a diferença entre os candidatos começa a cair, em se tratando desta eleição que está “polarizada”.
O registro das pesquisas no Eleitoral é uma formalidade, pois em nenhum momento é verificado ou analisada a forma de apuração e margem de segurança, muito menos de que forma foram coletados os dados.

A partir de agora começa a fase de ajustamento das pesquisas, ditas “mais sérias descomprometidas”, pois pesquisas encomendadas e pagas com claro intuito de criar uma tendência ao eleitor somente irão jogar a toalha quando dos resultados e assim justificarem uma virada excepcional do eleitorado como foi na eleição de 2018, mas que detectaram esta “mudança” na pesquisa de boca de urna.
O instituto Paraná Pesquisas já iniciou esta tendência de equilíbrio na pesquisa divulgada na última terça-feira, mas DataFolha e outras seguem até não haver mais como contestar os fatos que até o momento foram mostrados. Depois da eleição a pesquisa perde interesse e aí entra o ativismo do TSE e do STF, que são descalabros jurídicos que solapam a Constituição. Querem estes desconstruir o país. Vejamos o que será das próximas pesquisas.