EDITORIAL

TERROR DOS VENTOS

O fenômeno El Niño que resulta do aquecimento das águas do oceano pacífico chegou com força e com forte poder de destruição. Pode-se dizer que o benefício do fenômeno são as chuvas que enchem reservatórios e possibilitam boas precipitações para o plantio das principais lavoura de verão no estado. As perdas geradas com a seca no verão 2022/2023 agora com as chuvas poderão permitir uma recuperação das perdas do agro.

A Região Sul do Brasil certamente será a mais atingida, assim como no Nordeste. No Sul o agravante é o frio e as cheias dos rios e os ciclones extratropicais que parecem virem em sequência e com maior frequência. Já no Nordeste o calor e as chuvas provocam cheias e a consequente perda de vidas e destruição de moradias, estrada e pontes, não muito diferente daqui do Sul que ainda tem de suportar o frio que tudo indica terá até mesmo o fenômeno da neve para as cidades serranas.

O Litoral Norte mais uma vez é assolado pela intempérie. Enquanto alguns municípios estavam reconstruindo estradas e pontes e muitas casas levadas pelo ciclone de junho, chega mais este com ventos que superaram os 130km. Desta vez os fortes ventos e a chuva que superou os 100mm na região provocaram estragos em vários municípios ao longo da orla. Felizmente neste fenômeno não houveram vítimas, mesmo com o rastro de destruição por onde os ventos fortes passaram.

A Defesa Civil tem dado os alertas meterológicos com antecedência e precisão permitindo à população que se prepare para os sinistros que possam ocorrer e se protegeram. Também cabe a esta a tarefe de levantamentos e prestar socorro e coordenar serviços a serem restabelecidos com a máxima urgência.

Os ventos que tem favorecido a geração de energia eólica também trazem consigo o terror de desastres dos mais diversos. Mesmo contando com os ventos a estações de geração de energia possuem sistema de proteção da velocidade dos ventos e se necessário a parada total de suas pás giratórias.

Há muito que a região não passava por tamanha destruição pelos ventos e com chuvas tão intensas e contínuas e felizmente os órgãos públicos tem se esmerado para atender aos atingidos e que agora o Estado irá dar um auxílio financeiro às famílias para darem continuidade a vida. Muito dos municípios já estavam em estado de emergência devido ao ciclone do mês de junho e certamente irão novamente buscar recursos dos ministérios da federais para reconstruírem as estruturas de atendimento à população, bem como de obra de infraestrutura atingidas.

A suspensão das aulas e de várias atividades forma medidas determinantes para que se evitasse o pior. Viu-se o telhado inteiro do centro administrativo da Vila Olímpica voar pelos ares, a estrutura para continuidade da Festa do Peixe se tornar num amontoado de lonas e ferros, postos de combustíveis que perderam a sua cobertura e centenas de casas destelhadas e por vezes atingidas por telhados que voaram sobre estes.

A fúria dos ventos causou terror a muitas pessoas que ficaram recolhidas dentro de casa, protegendo-se e na torcida para que nada ocorresse de pior. O pânico gerado no começo da manhã fez com que lojas fechassem e muitas somente para tratar de proteger o restante do estabelecimento devido a vidraças estilhaçadas.

Um dia de terror para as comunidades litorâneas que vinham colaborando para que municípios como Caraá e Maquiné conseguissem minimizar os efeitos danosos das enxurradas que tiveram no mês passado.

Este terror dos ventos deverá, segundo as previsões serem mais frequentes neste inverno e para isso a população deve estará atenta aos alertas feitos pela Defesa Civil através de SMS nos celulares, bem como ns previsões apresentadas pelos órgãos de imprensa.

Que a solidariedade de todos permita que logo a região esteja retornando a normalidade e que estejamos preparados para os desafios que se avizinham.