SAFRA RECORDE PODE SER A ÚLITMA
A produção agrícola brasileira é uma das mais prósperas do mundo. A alta rentabilidade produtiva por hectare obtida pela qualidade de sementes, boa adubação, técnica e maquinário moderno e clima favorável tem sido a combinação dos vários fatores controláveis ou não que tem permitido colheitas recordes. A produção de soja e algodão são as maiores do mundo e são as comodities mais rentáveis, associadas à produção de café e milho. As exportações destes produtos agrícolas garantiram durante toda a pandemia a geração de renda e também de superávits fiscais ao Governo Federal que em suma favorece ao mercado interno.
O Brasil tem um dos maiores rebanhos bovinos do mundo e de toda a produção mundial de proteína animal que alimenta centenas de países, algo que a rastreabilidade, melhoramento genético e a sanidade dos rebanhos e criações fazem com que mercados se abram para a importação pela sua qualidade.
O setor agropecuário também por sua vez é um dos maiores conservadores do meio ambiente e suas reservas somadas ultrapassam a área de mais de 10 países europeus somados, isto sem contar com as reservas públicas como a da Amazônia, Mata Atlântica e outras espalhadas pelo imenso território nacional. As reservas indígenas possuem áreas superiores a muitos países que se consideram defensores da natureza que não preservaram em seus territórios, a falácia da proteção ambiental defendida pelos europeus.
Toda a produção agrícola depende do investimento e do risco que o produtor rural corre por contar com a clima favorável para a sua produção. A cada plantio uma série de etapas é realizada para o preparo do solo para finalmente ser realizada a semeadura. Esta fase de pré-plantio é uma das mais caras no processo produtivo, pois envolve o uso de máquinas e equipamentos e o grande consumo de óleo diesel e também dos insumos como o adubo e calcário. Para isso é importante que o governo federal e bancos liberem financiamentos agrícolas para cobrir as despesas de plantio da safra e que terão como garantia a produção e muitas vezes da própria terra. Grandes lavouras exigem milhões a serem aplicados e o clima sempre é fator primordial para o sucesso de todas as etapas até o fim da colheita. Em 2022, o governo federal abriu o crédito agrícola antecipadamente para que houvesse o planejamento dos produtores visando aumentar a área plantada e a aquisição de insumos com mais tranquilidade. Mesmo com a guerra da Ucrânia e Rússia (maior exportador de potássio para fertilizante em que havia o risco de desabastecimento no Brasil, que precisa importar tal produto. Esta missão coube ao presidente dias antes de eclodir a guerra assegurando a importação da Rússia e assim garantindo uma das maiores safras agrícolas da última década.
O agro somente garantiu quase 15% do PIB (soma de tudo que é produzido no país) e assim superamos até mesmo a China pela primeira vez em crescimento do PIB, mesmo diante do quadro de pandemia que derrubou grandes economias mundo afora e gerando inflação jamais vista em países europeus e até mesmo na maior economia do mundo, que é a dos Estados Unidos. O papis foi destaque na geração de empregos, inflação baixa e crescimento da economia.
Infelizmente, a entrada do novo governo, mesmo durante o período de transição em novembro e dezembro os dados econômicos foram caindo e os discursos deploráveis de um ministro da Economia, que foi um desastre quando governou São Paulo, estão fazendo a economia encolher. Mas o pior foi o eleito declarar que os produtores rurais são fascistas e direitistas, palavra que desconhece o significado, mas cita por que acha bonito e tem uma patuleia idiotizada que a aplaude. Discurso que desestimula a produção e incentiva a invasão de terras, gerando o conflito agrário que já se tinha como terminado. O país em razão das fortes declarações e agora a retirada de nove linhas de crédito do BNDES para financiamento do agronegócio já promove o fechamento de frigoríficos e a produção de proteína animal. Poderá o fornecimento de potássio pela Rússia não mais vir a ser cumprido, pois a ascenção da esquerda no Brasil que apoia governo ditatoriais como Cuba, Venezuela, China e em países africanos pode vir a comprometer a balança de pagamentos brasileiras e caminharmos rapidamente para uma grande falência da economia.
A disposição clara do governo em aumentar impostos, taxar a produção, tentar retirar a independência do Banco Central e novamente voltar a cobrar impostos sobre os combustíveis pode significar uma elevação da inflação que levará milhares de famílias à pobreza.
Se o agronegócio não der a resposta produtiva e ter incentivo certamente podemos estar vendo a última de umas das maiores safras agrícolas, pois o orçamento da Agricultura é menor que o orçamento que foi destinado para o Ministério da Cultura que enriquece os “artistas” para exibirem suas mansões luxuosas, seus carros possantes e manter a ostentação dos tempos em que estes “miseráveis culturais” viveram às custas do dinheiro público dado pelo governo que aí está. Além de que o sonho da picanha ficará ainda mais distante, pois restará somente o carvão para o churrasquinho e que já não está mais com preço acessível.