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Suspeito de integrar grupo neonazista é investigado por armazenar pornografia infantil

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar suspeita de armazenamento de pornografia infantil contra Israel Fraga Soares. O jovem de 23 anos é investigado por integrar grupo neonazista e réu por terrorismo em Tramandaí. O caso é apurado pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI) de Porto Alegre, que espera ouvir o investigado a partir de 10 de dezembro.

Os advogados de Israel, Rafael Petzinger e Bruna Ressureição, dizem que a defesa “ainda não foi intimada e ainda não teve acesso ao Inquérito policial referente supostas acusações de pedofilia e nesse momento não irá se manifestar sobre estes supostos fatos”. Eles ainda afirmam que laudo psiquiátrico apontou que o réu era incapaz de compreender o caráter ilícito de seus atos.

Israel cumpre prisão preventiva na Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO) enquanto responde pelo crime de terrorismo. Ele é acusado de promover ameaças contra políticos e personalidades. De acordo com a delegada Andréa Mattos, titular da DPCI, as suspeitas passaram a ser investigadas após a Perícia entregar resultado do laudo sobre o conteúdo encontrado em equipamentos eletrônicos de Israel. Computadores e HDs foram apreendidos em janeiro quando ele foi preso. “Foram encontradas imagens de pornografia infantil. O fato está bem configurado. Tudo o que recolhemos estava nos aposentos dele, que inclusive ficavam separados da casa principal, casa da família”, disse a delegada. A pena prevista para este tipo de crime é de reclusão de um a quatro anos e multa.

Em imagens publicadas na internet, Israel aparece fazendo uma saudação nazista, queimando uma bandeira que representa a comunidade LGBTQIA+ e também uma foto de George Floyd, homem negro morto por policiais nos Estados Unidos. Segundo a Polícia, o investigado se envolveu em práticas racistas, homofóbicas e antissemitas.

Além de Israel, entre os suspeitos de participação de grupos neonazistas está um jovem que teria feito insultos racistas durante transmissão na internet. Aristides Braga, de 26 anos, é réu por crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O homem responde em liberdade, e a defesa nega os atos ilícitos.

Foto: Divulgação