GERAL

Inovação e pioneirismo no setor do tabaco

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) celebrou, em 2022, seus 75 anos de atividades. Fundado em 24 de junho de 1947, em Santa Cruz do Sul, a entidade representa e defende o interesse comum de 14 empresas associadas e tem focos de atuação voltados à sustentabilidade, assuntos regulatórios e visibilidade do setor.

“Temos como principal objetivo a defesa e o fortalecimento da cadeia produtiva do tabaco, geradora de renda e empregos para milhares de brasileiros, no campo e na cidade. Apesar de ser, em essência, uma entidade representativa da indústria, nossas ações envolvem os produtores integrados e, ao longo dos anos, as ações tornaram-se programas que passaram a impactar de forma positiva não somente aqueles que vivem o dia a dia deste importante segmento, mas a sociedade como um todo. Tornaram-se modelo para outros setores do agro, inclusive”, destacou Iro Schunke, presidente do SindiTabaco.

De acordo com o executivo, são muitos os exemplos de iniciativas que têm inspirado outras cadeias produtivas e setores. Do incentivo ao reflorestamento e preservação da mata nativa, à proteção da criança e do adolescente e iniciativas voltadas à logística reversa e a saúde e segurança do produtor, nesses 75 anos e, em especial, nas últimas três décadas, a inovação e o pioneirismo pautaram as ações do sindicato, voltadas a áreas que hoje são referidas como ESG – sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança).

“Temos iniciativas à frente da legislação e que já completam duas a três décadas de existência. Seguiremos inovando na busca de práticas que assegurem a manutenção da qualidade e a integridade do produto, para que sigamos na liderança do mercado mundial de tabaco”, projetou Schunke.

Iro Schunke, presidente do SindiTabaco.

ESG NA CADEIA PRODUTIVA DO TABACO

Redução do uso de defensivos agrícolas: o tabaco está entre as culturas comerciais que menos utiliza agrotóxicos segundo pesquisas;

Saúde e segurança do produtor: orientação sobre a correta armazenagem e manuseio de agrotóxicos e das embalagens vazias. Investimento em pesquisa para o desenvolvimento de uma vestimenta de colheita eficaz contra a Doença da Folha Verde do Tabaco;

Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos: incentivo à logística reversa há mais de duas décadas, sendo anterior à legislação de 2002;

Incentivo à diversificação desde 1985: Programa Milho, Feijão e Pastagens, após a Colheita do Tabaco, que na última safra rendeu R$ 779 milhões aos produtores;

Combate ao trabalho infantil: ações iniciadas em 1998 evoluíram e culminaram na fundação do Instituto Crescer Legal (2015); de lá para cá, cerca de 600 jovens rurais já foram beneficiados com o inovador Programa de Aprendizagem Profissional Rural;

Proteção da mata nativa e reflorestamento: ações que visam a autossuficiência energética iniciadas em 1978. Como resultado, o setor do tabaco apresenta um dos mais altos índices de cobertura florestal: 22%, sendo 14% de mata nativa.

NÚMEROS DO SETOR DE TABACO

As exportações de tabaco devem fechar 2022 com crescimento em comparação a 2021, quando foram embarcadas 464.429 toneladas, gerando divisas de US$ 1,464 bilhão. Em 2021, o tabaco produzido no Brasil foi exportado para 105 países. O principal destino do tabaco brasileiro foi a União Europeia, com 40% do total exportado. Em segundo lugar ficou o Extremo Oriente, com 28%. Depois veio a África/Oriente Médio, com 9%; a América do Norte, com 9%; e a América Latina, também com 9%. E o Leste Europeu ficou com 5% do total exportado.

Nas exportações brasileiras, o tabaco representou 0,5% do total. Também representou 5,76% das exportações do Rio Grande do Sul (que é o estado que mais produz e exporta tabaco) e 2,87% das exportações da região Sul. Na safra 2021/2022, os 128.448 produtores de tabaco da Região Sul do Brasil produziram 560.181 toneladas e aferiram renda superior a R$ 9,53 bilhões.

O Rio Grande do Sul continua sendo o maior produtor de tabaco, com 44,2% do total (247.334 toneladas), seguido por Santa Catarina (30,7%) e o Paraná (25,1%). Do total de 488 municípios produtores, 198 são gaúchos, 183 ficam em Santa Catarina e 107 são paranaenses. No ranking dos municípios, Canguçu continua no topo da lista, com 18.845 toneladas de tabaco produzidas por 5.144 produtores. O segundo colocado é São João do Triunfo (PR), com 18.262 toneladas e 2.125 produtores, seguido por Venâncio Aires, com 16.948 toneladas produzidas por 3.711 produtores. Na sequência aparecem São Lourenço do Sul, Rio Azul (PR), Itaiópolis (SC), Canoinhas (SC), Vale do Sol, Candelária e Ipiranga (PR).