CIDADESAÚDE

Situação do Hospital São Vicente de Paulo segue preocupante

OSÓRIO – Em Assembleia Geral realizada no final da tarde da última quinta-feira (7), o presidente do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Marco Pereira, voltou a falar da preocupante situação da instituição de saúde da cidade. O encontro, realizado na sede do HSVP, contou com os membros da direção do HSVP.

Como já havia afirmado durante reunião na Câmara de Vereadores, Marco Pereira voltou a ressaltar o déficit de aproximadamente R$ 1,3 milhão do HSVP. O hospital arrecada cerca de R$ 1,7 milhão por mês, menos que o seu custo mensal que fica na casa dos três milhões de reais, sendo dois milhões para o pagamento dos funcionários e o restante para custeio como serviços médicos, compra de medicamentos, oxigênio, comida, material de higienização, entre outros.

Conforme o presidente do HSVP, nos últimos anos, o Hospital recebeu R$ 11 milhões de recursos de emendas, mas, segundo Marco, esse valor só serviu como um auxílio de custos, devido ao aumento nos gastos, devido a inflação e suba dos preços, principalmente dos medicamentos utilizados nos tratamentos dos pacientes. Conforme ele, parte desse valor vinha sendo ajudada a ser paga por meio de emendas parlamentares destinados por deputados e senadores. Porém, durante o período eleitoral, esse dinheiro não pode ser recebido. Ou seja, um valor a menos que a instituição deixa de receber.

Durante a sua fala, Marco Pereira voltou a pedir auxílio dos municípios da região Bons Ventos, os quais são atendidos pelo São Vicente de Paulo, como é o caso de Capivari do Sul, Caraá, Mostardas, Palmares do Sul, Santo Antônio da Patrulha e Tavares, os quais não contribuem com nenhum custo, desde março de 2020: “Os gestores destes municípios falam que a responsabilidade é do Estado, mas os recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) são muito inferiores ao custo do Hospital”, disse Marco. Vale destacar que dos R$ 1,7 milhão que o HSVP arrecada, R$ 1,3 milhão são destinados do SUS e o restante, entre R$ 400 e R$ 500 mil, de convênios e particulares.

A reivindicação foi encaminhada à Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) e a Secretaria Estadual de Saúde, além do Ministério Público (MP), tendo em vista que de acordo com a direção do São Vicente de Paulo, sem novos recursos, os atendimentos prestados pelo Hospital terão redução, sob pena da instituição entrar em colapso: “No momento que não conseguirmos pagar os funcionários nem fornecedores, as atividades param”, afirmou o presidente do HSVP.

Mesmo com o corte de gastos e a redução de alguns serviços prestados, a situação do hospital só vem se agravando ainda mais. Marco Pereira garantiu que o São Vicente de Paulo só tem recursos garantidos para realizar os atendimentos até o dia 31 deste mês e a partir daí não terá mais como o Hospital seguir atendendo.

Na sexta (8), foi publicado no site do Hospital um dossiê contendo 50 páginas, onde é mostrada toda a situação da instituição. Para conferi-lo na íntegra acesse o seguinte link: www.hsvosorio.com.br/tmp/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20HSVP.pdf.

Segundo presidente do HSVP Marco Pereira, Hospital de
Osório só tem recursos garantidos até 31 de julho.

Fotos: Divulgação