CIDADESOCIAL, CULTURA e EDUCAÇÃO

Projetos do IF Campus Osório participam da Febrace 2022

Amanda Ribeiro Machado.

OSÓRIO – Entre os dias 14 e 26 de março, ocorre a 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A Febrace é promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e realizada pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC).

Ao todo, são 497 trabalhos finalistas, de 24 estados e do Distrito Federal. Eles foram desenvolvidos por 1.080 estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Técnico de 333 escolas de todo o país. Os projetos serão julgados por professores universitários e especialistas. Os autores dos melhores trabalhos ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios e oportunidades no Brasil e no exterior. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 26/03, com transmissão pelo canal do Youtube da Febrace.

O Instituto Federal do RS (IF-RS) está participando com oito projetos, sendo cinco do Campus Osório. A seguir veja um pouco sobre cada um dos trabalhos selecionados:

Desenvolvimento de celulose bacteriana produzida a partir dos resíduos do processamento de uva – O projeto foi desenvolvido pela estudante Amanda Ribeiro Machado, do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio com orientação da professora Flávia Twardowski.

Neste projeto, resíduos da produção do suco de uva e do processamento de vinho foram transformados em uma celulose bacteriana (espécie de plástico), que é um material biodegradável alternativo aos polímeros artificiais (empregados para a produção dos mais diversos objetos e materiais) e com potencial também para a geração de energia (podendo ser usado, por exemplo, em automóveis e residências). A transformação é feita a partir de um processo biotecnológico.

Eco-socius: o comportamento dos jovens do litoral norte gaúcho na economia circular – O projeto foi desenvolvido pela estudanteVictórya Leal Altmayer Silva, do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio e teve orientação da professoraFlávia Twardowski.

Nesse trabalho, a estudante desenvolveu um método para explicar o comportamento dos jovens do Litoral Norte gaúcho na economia circular, abordando aspectos como redução no consumo, reutilização e reciclagem. O estudo demonstrou que ações educativas podem estimulá-los a adotar práticas de consumo com responsabilidade social e ambiental. Foram empregadas equações matemáticas e análise multivariada (observação de diferentes características).

Estudante Victórya Leal Altmayer Silva.

Estudo de extratos aquosos de plantas medicinais na inibição do agente causal da sigatoka-amarela da bananeira – fase II – O projeto foi desenvolvido pela estudanteAmanda de Lorenzi Borges, do curso Técnico em Administração Integrado do Ensino Médio, com orientação da professora Flávia Twardowski.

O trabalho estudou a ação de diferentes extratos de plantas medicinais na inibição do crescimento de um fungo que causa a sigatoka-amarela, a qual afeta as bananeiras e pode resultar em perdas totais na produção. A estudante observou que os extratos aquosos de alho e de cravo-da-índia controlaram inteiramente o desenvolvimento do fungo responsável por essa doença, sendo uma alternativa aos métodos convencionais de controle que utilizam agrotóxicos.

Estudante Amanda de Lorenzi Borges.

Sustainpads: uma alternativa acessível e ecológica aos absorventes femininos – O projeto foi desenvolvido pelas estudantes Laura Nedel Drebes, do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio; e Camily Pereira dos Santos, do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, com orientação da professora Flávia Twardowski.

As estudantes pesquisaram e desenvolveram materiais absorventes a partir das fibras da palmeira juçara e do pseudocaule da bananeira. São alternativas mais baratas e ambientalmente sustentáveis para a confecção de absorventes higiênicos em comparação com o algodão e os plásticos comumente utilizados. A pesquisa busca contribuir para reduzir o problema da falta de acesso a produtos adequados para o cuidado da higiene menstrual.

Estudantes Laura Drebes e Camily Santos.

Utilização do lodo ativado como agente na degradação de micropartículas plásticas – O projeto foi desenvolvido pelos estudantes Igor da Rosa de Oliveira e Laura Teixeira da Rosa e orientado pelo professor Claudius Jardel Soares, com co-orientação de Flávia Twardowski.

O trabalho verificou, na região costeira do Litoral Norte gaúcho, a ocorrência de pequenas partículas de plástico (microplásticos) que impactam negativamente o meio ambiente. A partir disso, propôs uma forma de reduzi-los, com a biodegradação a partir do uso de lodo resultante do processo de tratamento de esgoto (lodo ativado).

Estudante Igor da Rosa de Oliveira.

O IF-RS NA FEBRACE – O Instituto Federal do RS participa da Feira desde o ano de 2014. De lá para cá foram inúmeros prêmios e reconhecimentos recebidos. Só o Campus Osório recebeu quatro vezes (entre 2015 e 2019)o prêmio “Destaque Unidades da Federação” com projetos que conquistaram o 1º lugar nas áreas em que concorriam. Em 2017, um fato histórico: foram dois 1ºs lugares. Em 2018 e em 2021, mais um. Com as premiações, oito projetos do Campus já conquistaram credenciamento para a Isef Regeneron International Science and Engineering Fair, a maior feira internacional do gênero.

Além disso, em 2019, a professora Flávia Twardowski foi consagrada com o prêmio “Professor Destaque” – honraria que reconhece os esforços do docente na orientação e acompanhamento de estudantes que realizam projetos de ciências ou de engenharia. Na última edição, em 2021, o IF-RS participou com cinco projetos finalistas, tendo conquistado seis premiações.

Fotos: Divulgação