Manifestantes interrompem Sessão na Câmara de Cidreira

Quem resolveu acompanhar presencialmente a Sessão Ordinária realizada na noite de segunda-feira (21), na Câmara de Vereadores de Cidreira, passou por momentos de tensão. O motivo, foi um grupo de manifestantes que adentraram ao Plenário Silvio Silveira Saraiva, com a Sessão em andamento, surpreendendo os vereadores e os demais presentes.

Entre os projetos votados na ordem do dia foi votada a revisão salarial dos servidores, inativos e pensionistas, sendo aprovado o índice de 10,05% retroativo a janeiro. Bastante alterados, os manifestantes interrompiam a Sessão a todo instante. Um homem segurava uma faixa com os dizeres “Todos por uma Cidreira melhor”. Alguns reclamavam da falta de médicos nos postos de saúde, outros da falta de remédios e até da Educação.

Durante as explicações pessoais, a vereadora Tati Zanoni (Progressistas) teve dificuldades em iniciar sua fala devido a interferências do público. O presidente do Legislativo, o vereador Luiz Paulo Cardoso (PSB) solicitou silêncio, mas não foi suficiente. Aí então, a vereadora seguiu seu pronunciamento quando um cidadão abriu o portão que separa o público dos vereadores e entrou em área não permitida. Nesse momento, Tati solicitou ao presidente a suspensão da Sessão, quando algumas pessoas gritavam “Fora, fora”, o que foi aceito por Cardoso, encerrando a Sessão precocemente.

Do lado de fora da Câmara, populares eram incitados por um cidadão a gritarem palavras de ordem contra os vereadores. Policiais Militares (PMs) em uma viatura observam a manifestação que aumentou à medida que o público deixava as dependências do Legislativo de Cidreira. O cidadão, conhecido por Delmo Heusen, comandava a manifestação e apresentava alguns cânticos usados popularmente como “A,e, i, a casa vai cair. A,e i, o povo vai tirar vocês daí.” Ao final da manifestação os populares bradavam a frase “ o povo unido jamais será vencido “ e encerraram o ato cantando o Hino Riograndense.

Vale ressaltar que não houve nenhum registro de violência por parte dos manifestantes. Entretanto, os vereadores, que não quiseram se pronunciar sobre o ocorrido, mostram-se apreensivos com a situação e já pediram maior segurança para a Brigada Militar (BM).

Foto: Divulgação