Litoral Norte lidera crescimento de trabalho formal no RS
Dos 154,3 mil novos vínculos formais de trabalho criados no Rio Grande do Sul entre novembro de 2020 e novembro de 2021, 88,4% foram preenchidos por jovens com até 29 anos. A faixa etária entre 18 e 24 anos foi a responsável pelo maior percentual (55,8%), seguida da faixa até 18 anos (19,1%) e dos adultos entre 25 e 29 anos (13,1%).
Já a população de 50 a 64 anos e de 65 anos ou mais teve saldos negativos de empregos formais, de -5,8% e -2,8%, respectivamente, reduzindo a sua presença nesse mercado ao longo do período.
Em novembro de 2021, o número total de vínculos formais de trabalho no RS atingiu um estoque de 2,63 milhões de postos, um aumento de 6,2% em relação a novembro de 2020. A variação percentual ficou abaixo da registrada no país (7,3%) e em 24º lugar no ranking dos Estados brasileiros. Esses dados estão no Boletim de Trabalho do RS, divulgado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) na terça-feira (25). O documento foi elaborado pelos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho.
Quanto à escolaridade dos ocupantes dos novos empregos, 59,3% tinham ensino médio completo, enquanto 54,1% do total era representado por mulheres.
Emprego formal por setor – A indústria conquistou a maior variação percentual no número de empregos formais entre novembro de 2020 e novembro de 2021, com uma expansão de 7,7%, seguida por comércio (6,4%), serviços (5,7%), construção (4,3%) e agropecuária (3,9%). Mesmo com um percentual de crescimento abaixo da média de todos os setores, os serviços geraram o maior número absoluto de novos vínculos.
Empregos formais por região – Considerando as vagas geradas em 12 meses e a divisão do Estado em nove Regiões Funcionais (RFs) para fins de planejamento, a RF4, que abrange o Litoral Norte, liderou o aumento no estoque de empregos formais, com alta de 10,7% no período. Vale ressaltar que a atração populacional da região e a dinamização de sua economia têm sido captadas há alguns anos, mas a eclosão da pandemia em 2020 reforçou essas tendências.
Na sequência do ranking, vem a RF3, das regiões da Serra, Hortênsias e Campos de Cima da Serra, com 7,3%. A RF5, da região de Pelotas e Rio Grande, teve o percentual mais baixo de crescimento (4,9%), seguida de perto pela RF6, que abrange a Fronteira Oeste e a Campanha (5,2%), região com maior participação da agropecuária na economia.
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