Desde que iniciaram a greve, no dia 6 de setembro, os bancários recusaram, pela quinta vez, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram seguir a paralisação. Segundo o presidente do SindBancários, que representa Porto Alegre e outros 16 municípios da região, Everton Gimenis, os banqueiros apenas mantiveram a proposta anterior, sem oferecer novo aumento.
A Fenaban manteve a oferta de reajuste de 7% nas verbas salariais e abono de R$ 3,3 mil. As principais reivindicações dos bancários incluem reposição da inflação em 9,62% e mais 5% de aumento real, além de participação nos lucros. A categoria também protesta contra o assédio moral e as metas, consideradas abusivas. Gimenis, que participou da rodada de negociações em São Paulo hoje à tarde, sustenta que os bancários pediram para que a Fenaban só procure a categoria quando houver nova proposta.
No décimo dia de greve, 931 agências ficaram fechadas, de um total de 1,7 mil no Rio Grande do Sul. No ano passado, a greve durou 21 dias.
Categoria protesta em frente ao Banrisul
Na tarde desta quinta, o Sindicato dos Bancários realizou uma ação lúdica intitulada “Caçada aos Bankemon”, em frente à sede da Direção Geral do Banrisul, no Centro de Porto Alegre. O objetivo era discutir papel dos bancários e expôr para população os reais motivos da greve nacional da categoria.
De acordo com o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, é preciso refletir sobre o assédio moral, a pressão e as metas inatingíveis com as quais os bancários precisam conviver. “Precisamos chamar atenção para a nossa profissão”, destacou.