Os perigos causados pela hipertensão arterial e as formas de tratamento da doença são lembrados pela Secretaria da Saúde (SES) no Dia Mundial de Combate à Hipertensão Arterial, 26 de abril. O alerta é necessário porque a hipertensão é um fator de risco para doenças cardiovasculares, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto do miocárdio, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
De acordo com a coordenadora de Atenção Básica da SES, Raíssa Barbieri, o diagnóstico e o primeiro atendimento devem ser realizados nas unidades básicas de saúde e nas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Mas a continuidade do tratamento, que tem por objetivo a estabilização da hipertensão crônica, deve ocorrer na rede ambulatorial e na rede hospitalar especializada. Em casos graves, o primeiro atendimento é realizado em serviços de urgência e emergência.
Segundo a coordenadora, os serviços de atenção ambulatorial especializada e de atenção hospitalar destinados às pessoas com condições crônicas devem ser complementares e integrados à atenção primária. “Para melhor resolutividade no tratamento, é necessário que a oferta de serviços especializados seja planejada a partir dos serviços da atenção básica”, afirma.
Ambulatório em Santa Maria
O Rio Grande do Sul tem um serviço específico nesta área, o Ambulatório de Especialidades em Hipertensão e Diabetes do Hospital Regional de Santa Maria, que recebe pacientes encaminhados de 94 equipes da ESF.
O ambulatório é referência para os municípios de Agudo, Cacequi, Capão do Cipó, Dilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Itacurubi, Ivorá, Jari, Jaguari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Paraíso do Sul, Pinhal Grande, Quevedos, Restinga Seca, Santa Maria, Santiago, São Francisco de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Silveira Martins, Toropi, Unistalda e Vila Nova do Sul.
No segundo semestre de 2018, foram realizadas aproximadamente 10 mil consultas de pacientes hipertensos e diabéticos crônicos por equipes multiprofissionais formadas por enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, farmacêuticos, fisioterapeutas, educadores físicos e médicos nas especialidades de cardiologia, endocrinologia, angiologia, nefrologia e oftalmologia. As equipes também contam com técnicos de enfermagem e auxiliares administrativos.
Pressão ideal
Conforme o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
A pressão ideal é quando os valores das pressões máxima e mínima são, em média, 120/80 mmHg (ou 12 por 8). Quando os valores ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9), o coração precisa fazer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído no corpo.
A doença pode ser prevenida com hábitos saudáveis e alimentação adequada. Para isso, quando ocorre a primeira detecção de pressão alterada, deve-se aderir ao tratamento, que inclui a redução de sódio e a prática de exercícios físicos.
O problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Dicas de prevenção
• Manter o peso adequado, mudando hábitos alimentares, se necessário;
• Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
• Praticar atividade física regular;
• Aproveitar momentos de lazer;
• Abandonar o fumo;
• Moderar o consumo de álcool;
• Evitar alimentos gordurosos;
• Controlar o diabetes;
• Manter uma alimentação saudável.