Há menos de um mês na presidência dos Correios, Giovanni Queiroz quer “estancar a sangria” nas contas da empresa, para diminuir o déficit no orçamento, que deve chegar a R$ 2 bilhões até o fim do ano. Até outubro, o resultado negativo era de R$ 1,3 bilhão. Uma das medidas é a correção das tarifas de serviços não concorrenciais, como as de entrega de cartas e telegramas. A alta de 8,89%, que já foi autorizada pelo Ministério da Fazenda, deve começar a vigorar nos próximos dias. Segundo Queiroz, a medida vai aumentar as receitas da empresa em cerca de R$ 700 milhões por ano.
Medidas administrativas também fazem parte do pacote previsto por Queiroz. O novo presidente dos Correios quer adiar a renovação das frotas de carros e caminhões da empresa, que atualmente ocorre a cada cinco anos.
Os contratos de 4,8 mil imóveis alugados pela empresa serão revistos, verbas publicitárias e de patrocínio serão cortadas e até o horário de funcionamento das agências pode sofrer alterações. Para o ano que vem, o objetivo é cortar R$ 1,7 bilhão em gastos e aumentar em R$ 300 milhões a receita da empresa.