Cirurgião-dentista é condenado a mais de 20 anos de prisão por ter assassinado a própria esposa
O cirurgião-dentista Delcio José Schuch foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão pelos crimes de feminicídio e inovação artificiosa (alteração de forma fraudulenta) da cena do crime. O homem, de 69 anos, foi considerado culpado pela morte da esposa, Margarete Rodrigues Schuch, de 56 anos, em Imbé. Segundo a Polícia, a vítima teria sido morta com um tiro na cabeça e, horas depois, teve o corpo jogado às margens da ERS-786, no balneário de Santa Terezinha. O crime ocorreu em 25 de março de 2019.
O suspeito foi preso no dia 02 de abril, quando entregou a arma do crime a Polícia. O motivo da morte estaria relacionado ao sentimento de posse e ciúme do marido em relação à vítima. Na época, o delegado Antonio Ractz Júnior, responsável pelo caso, alegou que a mulher sofria violência psicológica. Vale ressaltar que Delcio e Margarete foram casados por 20 anos.
O julgamento ocorreu na manhã de quinta-feira (25), há exatamente quatro anos e dois meses do crime, e foi realizado no Fórum de Tramandaí. O júri teve como presidente o juiz de Direito Gilberto Fontoura Pinto e contou com a participação dos promotores do Ministério Público (MP) André Luiz Tarouco Pinto e Karine Camargo Teixeira. Conforme André Luiz, disse que as provas colhidas pela Polícia Civil (PC) e também pelas análises do Instituto Geral de Perícias (IGP) “demostraram a culpabilidade do réu”. Além disso, ele ainda afirmou que, ao longo da investigação, “houve contradições nos depoimentos do réu, onde, inicialmente, ele alegou que a morte teria ocorrido por meio de um latrocínio e depois mudou para suicídio, o que não condizia com as provas coletadas”, disse o promotor.
Após ser ouvido, o réu foi considerado culpado por decisão unânime dos sete jurados. Ele foi conduzido ao sistema prisional, onde começará a cumprir pena. Vale ressaltar que a defesa do cirurgião-dentista recorreu da decisão, mas mesmo assim, Delcio continuará preso até o término do processo.
