A campanha nacional de multivacinação começa na próxima segunda-feira (19). Neste ano, além das crianças menores de cinco anos, também serão alvo da estratégia crianças e adolescentes de nove a 15 anos de idade. No Rio Grande do Sul, mais de 1,6 milhão de crianças e jovens estão nessa faixa. O objetivo é a revisão e atualização das cadernetas de vacinação. A ação acontece até o dia 30 de setembro. No sábado (24), a mobilização contará com a abertura extraordinária das unidades básicas de saúde para a campanha.
O calendário nacional de vacinação dispõe de 14 vacinas para as crianças e cinco para os adolescentes. É fundamental que toda a população-alvo compareça aos serviços de saúde levando a caderneta de vacinação, para que os profissionais de saúde possam avaliar se há alguma vacina ainda não administrada ou se há doses que necessitam ser aplicadas, para completar o esquema vacinal. Essa revisão é importante, pois somente com todas as doses as vacinas se pode garantir a máxima eficácia de proteção contra as doenças.
Como a imunização será seletiva, apenas para quem está com alguma dose pendente, não se trabalha com meta de cobertura para essa campanha, inclusive para a vacinação da pólio, que é uma das incluídas na estratégia e que não ocorrerá de forma indiscriminada para todas as crianças menores de cinco anos. Ela estará disponível nas duas apresentações. A injetável deve ser aplicada aos dois, quatro e seis meses de idade. A criança também necessita de outras duas doses de reforço, aos 15 meses e aos quatro anos. Essas doses são feitas com a versão oral (gotinhas), que, a partir desta campanha, passa a contar com uma nova composição, agora bivalente (que protege contra dois tipos de vírus da poliomielite).
Novo público incluído
A principal novidade da campanha de multivacinação deste ano é a inclusão das crianças e adolescentes de nove a 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). No Rio Grande do Sul, são mais de 1 milhão de crianças e jovens nessa faixa. Esse grupo tem maior resistência a se vacinar e muitos pais acreditam que não há necessidade de imunizar os filhos nesta idade. No entanto, com a evolução do calendário nacional de vacinação, muitas vacinas necessitam de doses de reforço nesta faixa etária ou passaram a ser incluídas no calendário, como é o caso da vacina HPV para as meninas, que protege contra o câncer de colo de útero.
Doses administradas em intervalos inoportunos ou em número insuficiente podem prejudicar a proteção coletiva. Com isso, as doenças que foram eliminadas ou erradicadas podem voltar, ou até mesmo ocorrer o deslocamento da doença da infância para a adolescência ou para o adulto jovem, como é o caso, atualmente, da caxumba.
Texto: Ascom SES
Edição: Denise Camargo/Secom