BOCA DO BALÃO

BOCA DO BALÃO

BRASILEIRO é diferente em tudo, na pandemia então revelou-se uma face espúria por parte dos políticos e até mesmo do Judiciário. Os políticos seguem a sanha de privilégios que para campanha política não abrem mão de recursos do Fundo Eleitoral e nem a necessidade de distanciamento social e máscaras como apregoaram até começar o período eleitoral. Já no Judiciário o STF mereceu a medalha de pandemônio. Começaram tirando a ação do Ministério da Saúde para coordenar ações contra a disseminação delegando a governadores e prefeitos que somente queriam recursos públicos para desviarem e confinar a população. Depois, para fechar com chave de ouro, pediu 7 mil doses de vacinas da Oxford para protegerem a si mesmo quando as mesmas nem mesmo haviam sido aprovadas pela Anvisa. Isto sem falar que obrigou o governo federal apresentar plano de vacinação e cronograma a pedido de um partido político nanico, sem ter as vacinas e o ministério ser, por décadas, o administrador das campanhas de vacinação em todo o país.

POLÊMICA surgida em Osório sobre vacinação de pessoa não prioritária nesta primeira leva de vacinas, está pipocando em todo o país casos semelhantes. Alguns casos, como em Manaus são vergonhosos chegando ao “salve-se quem puder”. No caso de Osório foi prontamente esclarecido pela Secretaria da Saúde de que se tratava de funcionário municipal que recebeu o excedente de doses, após aplicadas à linha de frente de atendimento da UPA. Vários funcionários da UPA haviam recebido a dose em outra instituição (alguns trabalham em dois hospitais ou Posto de Saúde e UPA, recebendo as doses por um destes. Desvio de doses ou vacinação de pessoa fora do grupo de risco, determinado a receber a vacina não receberá a 2ª dose até esclarecido a causa e além disso poderá incorrer em multa de até R$ 100 mil ao poder público que permitiu o ato.

SECRETARIA de Obras terá uma sobrecarga de trabalho para recuperar ruas esburacadas da cidade. Não se trata de um simples buraco pelo desgaste do asfalto ou de sua má qualidade, mas sim da infraestrutura de canalização de esgotos pluviais ou cloacais da cidade. Qualquer rua de maior movimento possui um buraco no asfalto com cone, pedaços de madeira e até uma cadeira para sinalizar o afundamento do local. Foram milhares de reais gastos nestas obras que forma reformadas outras tantas vezes e ainda apresentam problemas. É o tipo de conserto que consome recursos e que seria como “lavar porco”. Um desafio para o novo secretário de Obras e vice-prefeito Tressoldi.

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".