Um exemplar de gavião-pombo-pequeno foi devolvido à natureza durante este mês. O animal foi resgatado no Litoral Norte gaúcho, em meio à passagem de um temporal. Exclusivo do bioma Mata Atlântica, a espécie está ameaçada de extinção. Sua presença no Estado é uma raridade, havendo poucas aparições, todas registradas recentemente na região.
Encontrado bastante debilitado, o gavião de aproximadamente 18 meses de vida, passou por um processo de recuperação e monitoramento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (Ceram) do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da UFRGS, em Imbé. Após receber tratamento, a ave foi solta na região em uma área de floresta Atlântica preservada.
Pesquisadores acreditam que a espécie esteja iniciando um processo de colonização das áreas de Floresta de Planície do Litoral Norte a partir de suas áreas de ocorrência em Santa Catarina, onde costuma ser avistada com mais frequência. O planejamento e a execução da soltura foram realizados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por meio da Divisão de Fauna, juntamente com a equipe do Museu de Ciências Naturais da Divisão de Pesquisa e Manutenção de Coleções Científicas (DPMCC).
O trabalho criterioso envolve uma série de cuidados, como a definição do local e da melhor época, a garantia do transporte adequado e a avaliação das condições comportamentais, físicas e de saúde do animal, que deve retornar a seu ambiente natural, para que possa caçar e sobreviver em liberdade. Além disso, às vésperas da soltura, a Sema contou com apoio do núcleo Preservas do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que examinou as condições de saúde da ave e ofereceu alimentação adequada. Tudo para garantir que ela estava apta a voltar para casa. A espécie ainda foi anilhada com apoio do Laboratório de Ornitologia da UFRGS.
DIRETRIZES AMBIENTAIS
A Sema abriu consulta pública para a minuta das Diretrizes Ambientais em 18 municípios do Estado, incluindo Osório. O processo visa coletar sugestões e contribuições da sociedade civil. Ele foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE-RS) de terça-feira (23) e seguirá disponível por 30 dias.
As Diretrizes Ambientais têm como objetivo estabelecer um marco legal para o desenvolvimento sustentável do Litoral Norte, considerando as características e potencialidades da região. Elas se baseiam em quatro pilares: potencialidades regionais, diretrizes gerais e específicas, caracterização ambiental e recomendações gerais. Os temas abordados nas diretrizes incluem silvicultura, geração de energia eólica, linhas de transmissão de energia e aterros sanitários.
Os interessados em contribuir com a minuta das Diretrizes Ambientais podem fazer sua inscrição e enviar suas sugestões/considerações por meio do formulário eletrônico disponível no site da Sema até 23 de maio.
