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Empresários são presos no Litoral durante Operação Turrim

A Polícia Civil (PC) do RS, por meio do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-RS) e a Polícia Civil de SC, deflagrou na terça-feira (29/08), a Operação Turrim. O objetivo foi desarticular uma quadrilha envolvida com os crimes de tráfico de drogas e homicídio.

Aproximadamente 250 agentes, cumpriram 140 medidas cautelares, entre prisões preventivas e temporárias, buscas e apreensões domiciliares, sequestro de veículos, uso provisório como viaturas descaracterizadas e bloqueios de 24 contas bancárias. As ações ocorreram em 18 cidades do RS e Santa Catarina, incluindo os municípios de Capão da Canoa, Mampituba, Morrinhos do Sul, Torres e Três Cachoeiras.

Ao todo, 53 pessoas foram presas, incluindo dois empresários. Conforme a Polícia, os indivíduos são irmãos e seriam os líderes do grupo criminoso. Além deles, um ex-policial militar e um advogado criminalista também foram presos, sendo o magistrado responsável por guardar as armas da facção. Ao todo, foram apreendidas 43 armas, além de munições, drogas, celulares, carros de luxo e uma quantia em dinheiro.

Vale ressaltar que alguns dos indivíduos já se encontravam presos, onde utilizavam os lucros do tráfico para obterem regalias nos presídios. Um deles, considerado o “gerente” do grupo, já se encontrava preso na Penitenciária Modulada de Montenegro. Segundo a Polícia, o detento possui 34 anos de idade e tem diversos antecedentes por crimes como homicídio, associação para o tráfico de drogas, corrupção de menores, furto, ameaça, entre outros. Mesmo preso, foi executado um novo mandado de prisão preventiva contra ele.

Durante Operação policiais apreenderam dinheiro, armas, munições, entre outros objetos, além de veículos de luxo. – FOTOS: PC

INVESTIGAÇÃO

De acordo com os delegados Rafael Delvalhas Liedtke e Marcos Vinicius Muniz Veloso, as investigações iniciaram há mais de um ano, quando os policiais civis efetuaram o cumprimento de mandado de busca e apreensão no interior de uma cela na Penitenciária Estadual de Montenegro.

A partir dessa ação, após autorização judicial, foi iniciado o processo de investigação, que conseguiu identificar a existência de uma associação criminosa armada muito bem estruturada, especializada no cometimento dos crimes de tráfico de drogas, homicídios qualificados e porte ilegal de munições e armas de fogo, com base no município de Torres e seus arredores.

Segundo os delegados, o grupo, a mando dos irmãos empresários, executava os seus desafetos e traficantes rivais com intuito de monopolizar a venda de entorpecentes no Litoral gaúcho, assim como o tráfico de armas. Com os lucros obtidos com a venda das drogas, essas lideranças, na posse das maiores quantias, sustentavam verdadeiras vidas de luxo, adquirindo veículos de alto valor, residindo em apartamentos situados em bairros nobres, próximo ao mar, além de realizarem gastos com viagens e compras de terrenos e imóveis.