Suspeitos de integrarem grupo que planejava roubar armas sob perícia no RS são presos
A Polícia Civil (PC) deflagrou na terça-feira (4), a Operação Dulcis, tendo como alvo uma organização criminosa que estaria realizando lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em cidades do RS, incluindo Torres, além dos estados de Santa Catarina e Paraná, sendo efetuadas seis prisões.
Desses, três deles estariam envolvidos com um grupo que planejava roubar armas de fogos do Instituto Geral de Perícias (IGP). O objetivo era roubar pistolas e fuzis que estavam esperando a realização de Perícia ou já estavam confiscadas como prova. O chefe de quadrilha, que chegou a ser preso, mas hoje está em liberdade também estaria envolvido no esquema. Segundo o delegado João Paulo de Abreu, responsável pelas investigações, o líder da facção, um homem de 33 anos, estaria relacionado a crimes patrimoniais violentos, praticados no Rio Grande do Sul e em SC, como roubo a banco, transporte de valores, sequestros, roubo a empresas de logística, etc.
Movimentação expressiva de valores
A investigação criminal também apura a prática de crimes de lavagem de dinheiro, tendo como infrações penais antecedentes, crimes patrimoniais diversos, crimes do estatuto do desarmamento e também, pelo que se pode perceber, o tráfico de drogas. É justamente nesse viés que outras pessoas se vinculam à organização criminosa, servindo de laranjas para a ocultação e dissimulação de ativos oriundos das infrações penais antecedentes.
Conforme a Polícia, determinadas pessoas físicas no RS efetuavam depósitos fracionados, em contas de pessoas jurídicas, nos estados de São Paulo e Paraná. Ao todo são 15 pessoas físicas e jurídicas investigadas que tem relação com os dois Estados, além de Santa Catarina. De acordo com o delegado Márcio Niederauer, responsável pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro, preliminarmente, foi identificada a movimentação de aproximadamente R$ 44.289.349,17 (quarenta e quatro milhões, duzentos e oitenta e nove mil trezentos e quarenta e nove reais e dezessete centavos), por meio da análise das contas bancárias investigadas.