CIDADE

Deputado Adão Pretto busca solução para famílias da Vila Verde

OSÓRIO – A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa do Estado (AL-RS) debateu na quarta-feira (22), a situação das cerca de 600 famílias que vivem na Ocupação Vila Verde, no distrito de Atlântida Sul. A Justiça havia determinado que as mais de 2,5 mil pessoas deixassem o local de forma voluntária até o dia 16 de abril. No entanto, a Defensoria Pública conseguiu suspender o processo de reintegração de posse.

O deputado Adão Pretto Filho (PT), que é vice-presidente da CCDH, solicitou que a pauta fosse incluída no período de assuntos gerais da reunião. Na ocasião, ele contou que foi procurado por moradores da ocupação, que existe há mais de 20 anos, para engajar o parlamento em busca de solução ao problema. “A pandemia e o desemprego agravaram a situação. As pessoas não conseguiram honrar os seus compromissos de aluguel e tiveram que procurar um espaço para viver e cuidar das suas famílias”, comentou o parlamentar. Ele acrescentou que, até o momento, o poder público pouco tem feito para garantir aos moradores da Vila Verde o direito à moradia. “Eles encontram um completo abandono por parte do Estado, sem acesso à saúde, à educação e à infraestrutura. A moradia é um direito fundamental. É necessário o envolvimento da Comissão de Direitos Humanos nesse caso”, apontou, ressaltando ainda que é urgente a constituição de uma comissão de mediação.

Presente na reunião, o presidente da Associação de Moradores da Vila Verde, Roberto Cezar, agradeceu ao deputado Pretto pela oportunidade de expor à sociedade gaúcha o que está ocorrendo em Osório, por meio da CCDH. “Nós estávamos, até hoje, desamparados e muito preocupados. Mas creio que agora, com o apoio da Comissão, estaremos num caminho bom. Nós queremos que vocês possam nos ajudar ”, afirmou.