EDITORIAL

Cutucando o gigante adormecido

Os acontecimentos do fim de semana, que culminaram com a reprisão de Roberto Jefferson são deprimentes quando se vê um STF totalmente aparelhado e ativista. Não bastasse as atrocidades já cometidas por um ministro estreante na corte se vê um quae sexagenário se tornar um bandido por ofensas a quem desrespeita a nação e a toga que veste.

O ato de resistência do ex-deputado Jefferson é o resultado por delatar esquemas de corrupção pelos quais ele pagou com prisão. Ao delatar o mensalão do Congresso no governo petista também revelou o uso dos fundos de pensão como Previ, Postalis e tantos outros em suas gestões temerosas a afinadas com o petismo que solapou os cofres e que por décadas os futuros beneficiários estão pagando novamente a conta. Aposentados e pensionistas tiveram suas rendas diminuídas para repor o caixa dilapidado dos fundos de pensão e assim será até o fim de suas vidas. A resistência armada, transformando sua casa num bunker é reprovável, mas as decisões judiciais a ele impingidas como o inquérito das fake News é digno de ditadores da pior estirpe.

O STF que tenta impingir força e a querer provar sua imparcialidade revela o lado torpe de Justiça a que se tornou o STF e eu envergonha a classe jurídica do país e a a toda magistratura. O dógmãs jurídicos foram jogados ao ralo e o que se percebe é um ditador atacando pessoas que lhe são desafetos ou que ameaça seus interesses.

As palavras ditas a ministra Carmem Lúcia são desastrosas, sem polidez ou compostura que deveriam existir mesmo numa crítica feroz de sua decisão de apoio a algo inconstitucional e contra seu juramento ao assumir seu posto no STF. Mas muitas vezes nem mesmo os magistrados do STF se dão o devido respeito e querem ser respeitados em suas posturaram nada republicanas ou condizentes com o cargo que ocupam. Talvez seja a proximidade com o ativismo de esquerda que corrompe sistemas, culturas e até mesmo regras morais e que consideram que a toga a tudo esconde ou limpa. Algo que está se tornando quase como um pano de chão de tanta sujeira jogada sobre a Constituição e ao rito processual. É inconcebível que um ministro esteja a se levantar como defensor da honra e da honestidade humilhando os demais colegas com suas atitudes ou até mesmo amedrontando os mesmos. As demais vozes se calaram na corte e nem o presidente Fux soube como conduzir e muito menos a ministra Rosa Weber, atual presidente do STF. É como uma matilha onde entre pudolls é colocado um pitbull.

Jefferson errou na dose, mas tamanhas atrocidades o fizeram tira do sério diante da incapacidade de defesa no meio jurídico e de não haver instância a recorrer. Pode ter sido uma crise de desespero diante das atrocidades diante das suas condições físicas, mas de língua ferina. Desrespeitou a decisão judicial e com isto sabia que poderia ter uma reação, principalmente partindo do ponto a que atacava. Somente um sujeito acuado ou já desequilibrado emocionalmente chegaria a tal ponto, pois não agia assim tal como qualquer bandido.

O ministro Moraes está cutucando a onça para fazer eclodir uma revolta que já tem seu primeiro exemplar de rebelião. A primeira diante de seu afeto por Daniel Silveira não correspondido já desferiu seus ataques e assim prossegue, mesmo depois de ter sido concedida a Graça Presidencial. Busca elevar os ânimos numa eleição que representa o progresso e o retrocesso e que visivelmente este já tem seu lado, mas certamente há muito mais que se possa ver pois está a colocar em jogo todo um sistema democrático, a desmoralização de um dos poderes da República com sua vergonhosa atuação. Algo que somente pode ser percebido em psicopata ou alguém que tem ódio do sistema em que vive ou do próprio destino de sua vida.

A eleição se aproxima e o que se espera é a pacificação de toda a população em torno do resultado do pleito e que o povo tenha a consciência do melhor pelo seu país.