EDITORIAL

Um ideal a ser perpetuado

Proximidade do pleito eleitoral os candidatos tentam afinar discursos dentro das características da política do estado em que pertencem. As discussões exigem rapidez nas respostas e uma argumentação que nem sempre convence. Assim se faz importante acompanhar debates e entrevistas para aferir a coerência do discurso e com alguns candidatos com a sua prática. O caso da eleição a governador em São Paulo é bastante polêmico, onde os candidatos Tarcísio e Haddad chamam a atenção por formas distintas de se manifestarem ao público nestas situações. Em Tarcísio se encontra a informação precisa e um conhecimento das necessidades do estado em todas as áreas, que já foi governador que impressionam pelo raio X que apresenta aos eleitores. Já Haddad, que já foi prefeito tem dificuldades de esclarecer a gestão e principalmente o caos na Educação do Estado e em outras áreas. Ao mesmo tempo tem colocado em seu plano de governo projetos que contrariam seu candidato a presidente como o controle de mídias sociais e imprensa distoando do que o candidato a presidente tem verberado em seus discursos.
Os candidatos a governador no Rio Grande do Sul, nestes últimos dias, têm intensificado a campanha e a participação em debates em emissoras de rádio e televisão. As pesquisas, principalmente as realizadas pelo IPEC apontam que os candidatos Eduardo Leite (PSDB) e Onix Lorenzoni (PL) estão distantes dos demais. Leite busca um novo mandato depois de ver sua candidatura a presidente ser abortada pelo ex-governador Dória e tem como principal argumento o equilíbrio das contas do estado e pagamento do funcionalismo sem parcelamento. Já Onix, ligado a Bolsonaro pode demonstrar sua capacidade de gestão junto ao governo federal através da gestão dos programas sociais que foram implementados devido a pandemia e que amenizou a vida de milhões de brasileiros evitando a miséria absoluta e o endividamento maior das pessoas devido ao desemprego gerado pela gestão dos governadores em fechar tudo.

A disputa aos governos do RS e São Paulo são importantes redutos eleitorais e de grande influência política. A região nordeste tem sua importância e seu eleitorado total e menor do que o do estado de São Paulo que influencia no restante do país.

Um dos maiores partidos do RS, os Progressistas, promete uma agitação em torno do candidato Luiz Carlos Heinze, que também, a exemplo de Onix, apoiam Bolsonaro. Os prefeitos do partido buscam agitar seus filiados para tentar uma melhora nas pesquisas, uma vez que Heinze está como quarto colocado depois do petista Adão Preto.
Aqui no estado já se pode afirmar que o petismo perdeu muita força e tudo por conta do candidato e ex-presidiário que busca “voltar a cena do crime” como citou em outro tempo o seu candidato a vice Geraldo Alckmin.
O ex-governador Leite aposta no apoio dos gaúchos, pois considera que conseguiu colocar a economia do estado no rumo certo de investimentos, negando que tenha sido devido ao volume de recursos aportados pelo governo federal durante a pandemia e a suspensão do pagamento da dívida estadual. A preocupação de Leite foi colocar fim ao parcelamento do salário do funcionalismo em detrimento de investimentos em escolas e hospitais que estão fechando suas portas para o atendimento, bem como aumentou drasticamente as filas de espera por cirurgias. Foram duas importantes questões que deixaram de receber melhorias e investimentos, mas que certamente o eleitorado poderá vir a cobrar nestas eleições. Mesmo com o apoio do MDB a candidatura não avança e o bolsonarismo poderá pesar na hora do voto para governador, apontando Onix Lorenzoni para governador. Ainda há uma semana da reta final para que as definições aconteçam e se tenha uma maior clareza da tendência do eleitorado.