DESAVANÇAR PARA AVANÇAR
A crise gerada pela pandemia teve seu pior momento quando governador e prefeitos enlouquecidos e desvairados decidiram a portas fechadas e longe da verdadeira ciência quem deveria falir, ficar desempregado e quem pagaria a conta desta insensatez. Está mais do que provado que o confinamento foi o maior gerador de contaminação, quando deveriam ter tomado como atitude responsável e enérgica a imposição de regras de circulação, higienização e de esclarecimento público sobre sintomas da contaminação e a busca imediata por medicação e atendimento. Tomando as medidas que adotaram desconsideraram os efeitos sobre a economia e para piorar o Estado nada fez para minorar o problema para quem ficou desempregado ou teve seu estabelecimento fechado. O governo federal fez mais do que lhe deixaram fazer, mas irrigou o caixa do tesouro do Estado com bilhões e uma parcela foi para os municípios.
Por parte do Estado, o Avançar já vinha acontecendo desde o governo Sartori quando as alíquotas do ICMS foram majoradas para o patamar de 30% e de 17 para 18% da maioria dos produtos comercializados. Por conta da crise e da dívida impagável com o governo federal Sartori além de parcelar salários dos servidores e atrasar o calendário de pagamento. O governo estadual avançou sobre o bolso do contribuinte do pobre ao rico para buscar solução para os erros do passado no comando do Estado. Ao se avançar sobre o contribuinte, muitas empresas migraram para o estado vizinho, a mão de obras especializada foi migrando para outros estados e fora do país. Eduardo Leite surfou no trabalho de Sartori no equilíbrio das contas e conseguiu prorrogar o “avançar” sobre o contribuinte até o início deste ano. Para completar seu plano de acertar o “fluxo de caixa” contou com bilhões do governo federal e ainda nem precisou pagar parcelas da dívida estadual em decorrência de uma liminar e também pela suspensão em decorrência da pandemia.
O aumento da arrecadação, principalmente com a elevação dos preços da energia elétrica, dos combustíveis e sobre o consumo das famílias, somados aos recursos aportados pelo Governo Federal geraram arrecadação a maior e que por ironia, às vésperas do ano eleitoral iniciou vários programas de investimentos e de auxílio a população como o Devolve ICMs cujo nome já diz tudo. No entanto, o programa que denominou de Avançar RS a denominação deveria ser Desavançar RS aliviando a mão no bolso do contribuinte. Mas o fato de destinar ao Hospital de Osório somente R$ 1 milhão de reais é quase um deboche à população de Osório. O recurso, como todos são bem vindos, mas considerando os aporte e pagamentos feitos pelo Estado ao longo dos anos tornou os hospitais em entidades pré-falimentares em suas comunidades. O mesmo se pode dizer que o desavançar para a Educação onde quase dois anos fechadas e com despesas correntes reduzidas propiciou economia para agora realizar investimentos em infra estrutura que há muito careciam. O que se deixou de gastar somente agora está virando investimentos, pois o Estado não tinha recursos para isso, mas custeado pelo Governo Federal e esta economia estão sendo possíveis. O estado está longe de ser moderno e ágil de modo a tornar os investimentos em educação em feitos, assim como em outras áreas importantes para que nosso Rio Grande volte a ser destaque nacional em vários setores em especial a Educação e que poderia ser também na saúde.
O Desavançar no bolso do consumidor é bem vindo neste momento, deveria ter sido nos primeiros meses da pandemia. Felizmente nossos deputados estaduais impuseram o fim do que era inicialmente ser temporário e persistiu por mais três anos. Que tal método não mais seja o paliativo para as finanças do Estado, devendo modernizar o Estado e efetivamente investir nas áreas importantes como segurança, saúde e principalmente Educação como um todo.