EDITORIAL

A vida dos outros importam

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid a Governo Federal, através do Ministério da Saúde vem sofrendo a pressão do puxadinho dos partidos comunistas ora para apresentar plano de vacinação, ora para comprar qualquer coisa sem aprovação da Anvisa, ora para comprar vacina de amigos políticos, enfim, transformaram o processo vacinal numa batalha sem fim.

O Brasil sabidamente temo maior sistema de Saúde Pública do mundo e sempre realizou campanhas vacinas com amplo sucesso ao longo de décadas. O sucateamento da saúde, pelos comunistas ladrões tornou o sistema deficiente, para ter estádios de futebol padrão Fifa e deixar um “legado” da Copa (que até hoje há obras sem conclusão ou mal construídas). O que se poderia esperar num momento de pandemia e de maior exigência do sistema: um colapso total. Felizmente os profissionais da saúde acostumados a precariedade do sistema deram a devida resposta à sociedade e logo vieram recursos e equipamentos para o enfrentamento da pandemia. Mesmo assim longe de ser o ideal e diante de governadores e prefeitos que amealharam os recursos em desvios conseguiram criar um novo colapso no sistema neste ano.

Desta forma os profissionais da área da saúde tudo deram de si para enfrentar a situação catastrófica do sistema fazendo jus ao juramento de formando de realmente salvar vidas. Neste ínterim os governadores se alvoraram a “salvar vidas” e superfaturaram compras e decidiram quebrar empresas, causar desemprego e tapar buracos de suas gestões fracassadas.

Depois de criticaram o governo federal por não vacinar as pessoas, agora a nova onda é a dos sindicatos comandados pelo petismo cobrar prioridade de vacinação, buscando “furar” o plano de vacinação que tanto exigiram, até mesmo judicialmente pelo STF que fosse apresentado. Por que não o fizeram quando apresentado o plano de vacinação ao Judiciário? Agora se vê sindicatos de professores que ficou mais de ano sem trabalhar e recebendo integralmente seus vencimentos exigindo vacinação prioritária para retornar ao trabalho. Também sindicalistas dos funcionários da Caixa Federal que vacinação prioritária, o sindicato dos metroviários também assim o exige e outras categorias (como profissionais de educação física). Este seleto grupo de profissionais não deixam de ter sua importância para a sociedade, mas por que não os caminhoneiros, os frentistas dos postos de gasolina, os empregados dos supermercados, farmácias, padarias e restaurantes que trabalharam sempre e não foram reconhecidos como prioritários para vacinação, mas essenciais para alimentar, suprir, atender às necessidades básicas destes, na grande maioria funcionários públicos com seus excelentes proventos em dia?

Alguém pode imaginar que todas estas categorias ficaram em casa sem comprar, sem pedir entregas a motoboy ou que não foram passear abastecendo seus carros e mesmo assim pegaram Covid. Pegaram por que tinham a segurança financeira e o egoísmo de não ver o sacrifício das pessoas para terem o sustento de suas famílias. Estes iluminados funcionários públicos e sindicalistas pensaram que estavam sendo pagos justamente por aqueles que sendo essenciais não eram prioritários? Pensaram estes em organizar campanhas em suas entidades para doações a hospitais e entidades que atendem pessoas carentes? Mas quando estão em greve querendo tirar mais do parco orçamento do estado ou município querem a compreensão da sociedade e auxílio destes. Alguém viu a CUT pedir aos seus sindicatos sustentadores da entidade para organizarem doações a famílias pobres ou instituições de caridade? Para os hospitais? Sorte que em meio a estes há os de boa alma, mas suas direções somente estão preocupadas com o egoísmo e seu egocentrismo que disseminam em categorias profissionais denegrindo as mesmas.

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".