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Vendas do comércio varejista caem 1,7% em junho

Após um período de dois meses seguidos em alta, as vendas do comércio varejista registraram queda de 1,7%, na maior retração de setor em 2021, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo as informações divulgadas na semana passada, além da maior queda, o índice representa a segunda maior retração para um mês de junho desde o início da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em 2000.

Com o resultado de junho, o varejo se encontra 2,6% acima do patamar registrado no período pré-pandemia. No primeiro semestre, o setor acumulou 6,7% e, nos últimos 12 meses, 5,9%. No entanto, o resultado veio abaixo do esperado, uma vez que a expectativa era de 0,7% de alta nas vendas em junho na comparação com maio e de 9,1% frente junho de 2020.

“Embora o resultado seja menor do que o esperado, algumas atividades já tinham apresentado recuperação nos meses de abril e maio, o que eleva a base de comparação”, comenta Thomas Carlsen, CO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal. “Muitos negócios ainda estão em fase de recuperação das atividades e investindo em novas contratações para reestruturação das equipes, o que certamente impactará no crescimento de longo prazo no setor”, avalia ele.

Além disso, cinco entre as oito atividades varejistas pesquisadas apresentaram diminuição das vendas entre maio e junho, sendo que a frente mais prejudicada foi a de tecidos, vestuário e calçados. Confira os índices de retração a seguir:

Colocar em quadro

Tecidos, vestuário e calçados: -3,6%

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,5%

Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -2,6%

Combustíveis e lubrificantes: -1,2%

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,5%

Por outro lado, as atividades comerciais que mais tiveram crescimento no volume de vendas entre maio e junho foram:

  • Livros, jornais, revistas e papelaria: 5%
  • Móveis e eletrodomésticos: 1,6%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 0,4%
  • “O aumento do ritmo de vacinação e retorno gradual aos postos de trabalho tendem a melhorar o desempenho econômico do setor”, declarou o especialista Thomas Carlsen.

Foto: Fecomércio