Diferente de todos os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul foi o único que teve redução no número de nascimentos entre 2016 e 2017, segundo apontou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira. A pesquisa apontou os dados referentes ao registro civil, que engloba ainda casamentos, divórcios e óbitos.
Sobre os nascimentos, a média nacional foi de crescimento de 2,6%. Em 2016, no país, foram 2.793.995; em 2017, foram 2.867.732. Ao mesmo tempo, o Estado teve redução. Há dois anos, foram registrados 140.839 nascimentos, e, ano passado, o registro caiu para 140.442 em solo gaúcho. Na outra ponta, destaque para o estado de Tocantins, que teve aumento de 9% em 2017.
Ainda sobre os nascimentos, no âmbito nacional, a pesquisa mostrou que entre 2007 e 2017 houve crescimento da proporção de mães com mais de 30 anos. A pesquisa mostrou ainda queda nos grupos mais jovens. Segundo o IBGE, um desafio no país é atingir a totalidade do registro dos nascidos, uma vez que o percentual de cobertura é de 94,9%.
Divórcios crescem e duração dos casamentos reduz
No ano passado, ocorreram 373.216 divórcios, o que representa um aumento na comparação com 2016, quando ocorreram 344.526 separações. Dentro da tendência nacional, o Rio Grande do Sul teve leve aumento na dissolução dos casamentos. Em 2016, foram 15.309 e, no ano passado, foram 15.544.
A taxa de divórcio (formada pela relação do número das ocorrências e por mil habitantes com mais de 20 anos) no Brasil foi de 2,48%, enquanto que no Rio Grande do Sul foi de 1,85%. Em média, os homens se divorciam em idades mais velhas que as mulheres. Na data do divórcio, os homens tinham em média 43 anos, enquanto as mulheres tinham 40 anos de idade.
Ao mesmo tempo, na comparação da última década (2007 e 2017), o tempo dos casamentos tem reduzido. No Brasil, em 2007, a média era de 17,5 anos, passando para 14 anos, em 2017. No território gaúcho, a média era de 19,3 anos e passou para 16,7 anos. No país, é o estado do Piauí que tem os casamentos mais longos, com duração de 17,9 anos. Os que duram menos estão em Rondônia, com tempo de 10,8 anos.
BR: crescem casamentos homoafetivos
Um dos destaques, em relação aos casamentos, é que no país houve redução de 2,3% nos registros entre 2016 e 2017. Ao mesmo tempo, as uniões homoafetivas cresceram 10% neste mesmo período. Ao todo, foram registrados 1.070.376 casamentos civis, sendo que 5.887 foram de pessoas do mesmo sexo.
O Rio Grande do Sul registrou um leve crescimento, passando de 39.218 (2016) para 39.369 (2017). Nos casamentos de pessoas do mesmo sexo, durante o ano passado, foram registrados 249 uniões, sendo 121 entre homens e 128 entre mulheres.
O número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo em 2017 foi superior ao documentado no ano anterior em todas as grandes regiões brasileiras, sendo o Nordeste e Centro-Oeste os locais que registraram, respectivamente, o menor e maior percentual de aumento nas uniões civis dessa natureza, 1,0% e 13,8%, respectivamente.
CORREIO DO POVO