Nesta terça-feira (16), quando a Lei de Acesso à Informação (LAI) completa cinco anos em vigor no Rio Grande do Sul, o governo do Estado comemora o avanço, em quatro posições, no ranking nacional de aplicação da legislação que avalia a transparência de estados e municípios brasileiros. Conforme a 3ª edição da Escala Brasil Transparente (EBT), do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), o Rio Grande do Sul saiu da 11ª para a 7ª posição e conquistou a nota máxima (10) em transparência.
Segundo o relatório, a variação em relação às primeiras edições da escala foi positiva, de 1,11. Os requisitos para a nota 10 foram a regulamentação da lei no Estado; a existência de canais presencial e eletrônico para solicitação de informações pelos cidadãos; e o recebimento das informações solicitadas. O Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), presente no Estado pela Central de Informação, corresponde a 75% da nota obtida.
A análise foi feita entre junho e dezembro de 2016, com avaliação do cumprimento da LAI em 26 estados da federação, no Distrito Federal e em 2.328 municípios. A divulgação da EBT foi feita nessa segunda-feira (15).
Ética e controle social
A divulgação de informações sobre as atividades dos órgãos públicos, assim como a criação de mecanismos para o atendimento de pedidos de acesso a informações, assegurando aos cidadãos o exercício do controle social da administração pública, é tratada como fundamental pelo governo do Estado. A transparência é também um indicador monitorado no Acordo de Resultados celebrado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão com o governo do Estado.
O atendimento da LAI (lei 12.527/2011) é coordenado pela Casa Civil, por intermédio da Subchefia de Ética, Controle Público e Transparência. A partir de junho de 2015, depois que o governador José Ivo Sartori divulgou pela primeira vez no Rio Grande do Sul a remuneração nominal dos servidores do Executivo, houve avanços significativos para facilitar e qualificar o acesso a informações públicas. Elas vão além das obrigações de publicação de dados orçamentários e financeiros, já exigida na Lei de Responsabilidade Fiscal (lei complementar 101/2000) .
Para o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, o avanço nas posições do ranking de transparência é resultado da união de esforços para alcançar a meta estimulada pelo governador Sartori. “O caminho da transparência é nossa prioridade e, para isso, foram criadas novas ferramentas de controle social e de aperfeiçoamento da legislação”, destaca.
De acordo com o subchefe de Ética, Controle Público e Transparência da Casa Civil, Marcus Vinícius Berthier Góes, o Estado tem sido incansável no cumprimento da legislação e no aperfeiçoamento dos mecanismos de divulgação de dados. “O governo enfrentou desde o início da atual gestão inúmeras questões, passando pela disponibilização de relatório estatístico a respeito de pedidos de acesso a informações. O lançamento do novo portal Dados Abertos, por exemplo, adota os mesmos padrões dos melhores sites do gênero”, afirma.